A rejeição de Arnaldo Barros com a torcida do Sport está elevadíssima. Tudo bem que a desaprovação de seu trabalho foi potencializada com a eliminação precoce da Copa do Brasil para o modesto Ferroviário, do Ceará. Porém, essa objeção vem sendo construída ao longo de sua gestão. Os motivos que construíram essa imagem negativa foram vários: falta de comando da diretoria ao lidar com os principais jogadores do elenco e não punir quando necessário, não repor à altura os jogadores que deixaram o clube, atrasos salariais, entregar a “chave” do clube para Vanderlei Luxemburgo, além da decisão equivocada de deixar o Nordestão.
Desde a temporada passada, os atletas rubro-negros estão sendo cobiçados por diversos clubes do Sul e Sudeste do País. Contudo, mesmo recebendo boas propostas, a diretoria leonina sempre fez jogo duro nas negociações e exigia quantias exorbitantes, totalmente fora da realidade do mercado nacional. Isso gerou uma consequência: a irritação dos jogadores. Diego Souza foi um deles, que chegou a se afastar do clube após ter a proposta do Palmeiras recusada. E, quando retornou, criticou duramente os dirigentes do clube. Outro que está de “bico” com a cúpula do Leão é André. O atacante recebeu uma oferta salarial tentadora do Grêmio (cerca de R$ 600 mil), mas o Sport não aceitou negociar 60% dos direitos econômicos por 2 milhões de euros (cerca de R$ 8 milhões). Resultado? André já não quer mais vestir a camisa rubro-negra e foi afastado do clube.
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Um feito negativo incrível da gestão Arnaldo foram os atrasos salariais, algo que não se via no clube há década. Por não honrar os compromissos na reta final de 2017 quase custou a permanência do Sport na Série A (brigou até a última rodada pra não cair). O ano pode até ser novo, mas os problemas seguiram. Os remanescentes iniciaram 2018 sem terem os seus vencimentos quitados, só recebendo parte dos atrasados antes do Carnaval.
COPA DO NORDESTE
Diante de um ambiente conturbado - com atletas querendo sair e insatisfação com a falta de dinheiro -, a desclassificação da Copa do Brasil ainda na 2ª fase acaba se tornando mais fácil de compreender, mesmo que tenha sido para o modesto Ferroviário-CE, que vai disputar a 4ª Divisão. Essa eliminação precoce só deixa mais evidente o equívoco de Arnaldo Barros ao retirar o Sport da Copa do Nordeste 2018. Agora, o que restou foi o Estadual, tão criticado pelo presidente.
A destituição de toda a diretoria de futebol, na última sexta, foi só o atestado de que o rumo dessa gestão não estava certo.