A juíza Fernanda Galliza do Amaral determinou que os R$ 5 milhões restantes da venda de Diego Souza pelo Sport ao São Paulo sejam depositados em juízo, até que a ação movida pelo Fluminense chegue ao fim. O clube das Laranjeiras entrou na Justiça contra o Leão, exigindo o recebimento de 50% da negociação por deter metade dos direitos econômicos do atleta. De acordo com o processo, o rubro-negro pernambucano já recebeu os seus R$ 5 milhões no dia 9 de janeiro deste ano.
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O restante do pagamento teria ficado condicionado a parcelas que vencem este mês, em maio, julho, setembro e novembro. O problema começou, porém, em razão de uma troca de e-mails entre o dirigente do Fluminense Marcelo Teixeira e o empresário de Diego Souza, Eduardo Uram. Em dezembro do ano passado, eles teriam combinado que, caso o jogador fosse vendido ao São Paulo, o Sport teria de pagar apenas R$ 1 milhão ao clube carioca.
ARGUMENTO
Para mover a ação contra o Sport e ter acesso aos R$ 5 milhões, o Fluminense usou como argumento que essa conversa entre empresário e dirigente não pode ser levada em consideração quando há um contrato firmado entre os clubes carioca e pernambucano.
"Desta forma, a fim de evitar enriquecimento sem causa, considerando-se que o depósito em juízo em nada prejudicará as partes, DEFIRO a tutela de urgência para determinar que o pagamento a ser efetuado pelo São Paulo ao Sport do Recife, conforme previsto na cláusula 2.1, alíneas "b e "c", de fls. 108, seja depositado em juízo, até a decisão final deste feito, sob pena de multa a ser arbitrada em caso de descumprimento. Após, decidirei quanto a suposto valor incontroverso", escreveu Fernanda Galliza em sua decisão.
Nesta terça-feira (20), o Fluminense divulgou uma nota oficial esclarecendo que, desde a abertura do processo contra o Sport, sabia da troca de e-mails entre Uram e Marcelo Teixeira. O clube das Laranjeiras também deixou claro que vai continuar lutando por seus direitos, sem abrir mão de qualquer percentual referente à venda do atleta ao São Paulo.
CONFIRA A NOTA OFICIAL NA ÍNTEGRA
Desde o início do caso Diego Souza, o Fluminense tinha ciência do e-mail do diretor esportivo de futebol de base, Marcelo Teixeira, tanto que anexou nos autos do processo uma cópia informativa que circulou apenas internamente. A versão original foi endereçada apenas ao Sr. Eduardo Uram. Nesta terça-feira, através do Escritório Bruno Calfat Advogados, contratado pelo Fluminense, o clube obteve o deferimento de liminar que determina que o pagamento das parcelas futuras devidas pelo São Paulo ao Sport seja depositado em juízo até o fim do processo. O clube, que nunca abriu mão do percentual do atleta e jamais celebrou qualquer aditivo contratual em relação aos direitos econômicos do jogador, continuará lutando para fazer valer os termos do contrato assinado com o Sport em março de 2016.