A gestão de Arnaldo Barros tem provocado controvérsias não apenas com os torcedores rubro-negros. Diante dos fracassos recentes dentro de campo e do caos administrativo, atrasos salariais do elenco e diversas ações trabalhistas em curso, alguns ex-presidentes do Sport também começam a contestar a administração do atual mandatário leonino. Como se não bastassem as evidências de descontrole financeiro, os ex-dirigentes também alegam o isolamento político de Arnaldo, que tem preterido o conhecimento daqueles que têm serviços prestados no clube.
Presidente campeão da Copa do Brasil de 2008, Milton Bivar já esperava que essa bolha um dia estourasse. “Desde que estava na presidência do Sport existia um compromisso e uma responsabilidade com as finanças do clube. E isso perdurou nas gestões seguintes. Mas, quando chegou nesse grupo, as coisas mudaram. A folha do elenco já chegou a R$ 5 milhões, com diversos jogadores midiáticos. Inflaram a bolha e agora ela estourou. Só espero que o próximo presidente não pegue o clube tão acabado”, falou.
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Responsável por tirar o Leão de uma fila que já durava 12 anos sem títulos (de 1963 a 1974), Jarbas Guimarães acredita que falta para Arnaldo Barros experiência para gerir um clube do tamanho do Sport. “Quando Martorelli era o presidente, eu presidia o Conselho Deliberativo e sempre lhe aconselhei falando que Arnaldo não tinha condições de assumir o departamento de futebol. Eu insisti tanto que ele me pediu três nomes. Sugeri três vencedores, mas ele não aceitou nenhum e continuou com Barros. O que é pior: fez dele presidente. Então, para mim, sabia que seria a crônica da morte anunciada. Por isso não me surpreendo com essa situação do clube”, alegou.
ISOLAMENTO
Além de ter ocupado poucos cargos diretivos antes de assumir a presidência do Sport, segundo Wanderson Lacerda, Arnaldo não procurou se cercar de pessoas com conhecimento do clube. “Ele se isolou das pessoas que entendem, conhecem e souberam dirigir o Sport. Ficou em um quadrado com pessoas que o induziram ao erro. Quando acabou a eleição disse a ele que o palanque tinha sido desarmado, mas faltou humildade para o presidente alcançar o sucesso. Desde o começo ele escolheu mal as pessoas com quem trabalhar. Foram maus gestores e não souberam administrar um clube do tamanho do Sport. A prepotência e a arrogância não levam ninguém a lugar algum”, disparou Lacerda.
Com esses apontamentos, os ex-dirigentes leoninos temem pelo Leão na Série A. “Não se pode entrar em uma competição montando o time. Se escapar da queda será um milagre”, disse Milton. “Essa é uma das piores equipes formadas pelo Sport nos últimos 30 anos”, falou Wanderson.
