Crise

'O Sport está dividido', lamenta presidente do Sport

Arnaldo Barros falou sobre gestão, clima de eleição na Ilha e desabafou contra críticas

Diego Toscano
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Diego Toscano
Publicado em 25/09/2018 às 15:51
Williams Aguiar/Sport
Arnaldo Barros falou sobre gestão, clima de eleição na Ilha e desabafou contra críticas - FOTO: Williams Aguiar/Sport
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Após exatamente cinco meses de "lei do silêncio", o presidente Arnaldo Barros voltou a falar no Sport, nesta terça (25). A última havia sido no dia 25 de abril, logo após a polêmica demissão do técnico Nelsinho Baptista. Agora, logo após a saída do filho de Nelsinho, Eduardo, Arnaldo retornou aos microfones. Além de salários atrasados, finanças e renúncia, falou também sobre as críticas da oposição rubro-negra e do período que passou longe dos holofotes. Para o mandatário, o Sport está dividido.

"Sinto que o Sport está dividido, o que não é bom. Tenho (ex-presidente João Humberto) Martorelli, (atual vice-presidente Gustavo) Dubeux, (ex-presidente) Zé Moura, (ex-vice-presidente Guilherme) Beltrão, (ex-diretor) Álvaro Figueira ao meu lado. São rubro-negro notáveis e de lideranças indiscutíveis no Sport. Eles criticam também e eu escuto. O que é possível, debato", disse.

Sobre o tempo longe dos holofotes, Arnaldo falou que a missão de falar com a imprensa é do vice-presidente de futebol. E que não parou de trabalhar para resolver os problemas do Sport na temporada 2018.

"Entendo que vocês estavam acostumados a me ter mais próximo. Mas cabe ao vice-presidente (de futebol) o contato com a imprensa. Passei mais de dois anos nessa função e nunca deixei de atender ninguém. Hoje, estou em outra condição. Tenho outras preocupações além do futebol. Preciso me dedicar aos problemas de maior envergadura. Não estou parado. Trabalho de 12 a 14 horas por dia. Estou até afastado dos meus afazeres pessoais. Não é má vontade. Quando existe uma situação de relevância institucional, convoco coletiva. Como foi em abril, quando dei todas as explicações tanto no conselho, quanto à imprensa", afirmou o presidente.

Sobre as críticas da oposição, Arnaldo relembrou que 2018 é um ano político no Sport. "Estamos numa campanha velada desde o primeiro dia da minha gestão. Eu desarmei o palanque e convidei pessoas da oposição. Atendi e procurei a todos quando foi necessário. São valorosos rubro-negros que precisam ser ouvidos. Mas nesse ano de eleição tenho sofrido uma oposição muito aguerrida. Isso toma meu tempo e prejudica a gestão. Faz parte do processo democrático e não estou aqui para criticar. Mas se for rebater todas as sandices que são ditas, não faço outra coisa", explicou.

Sem citar nomes, o mandatário rubro-negro também falou de ex-presidentes que estão se reunindo para lançar chapa de oposição em dezembro. "Eles estão, desde antes da minha campanha, com um posicionamento contrário que vem da gestão de Martorelli. Esse grupo se postou como reduto de oposição, manobra legítima e que deve ser conservada sempre. Fui chamado para um almoço e prestei todos os esclarecimentos que queriam. O grande problema talvez não seja Arnaldo, mas a força política. Houve alternância política no Sport na minha eleição. O presidente Martorelli era novo, mas o conselho da gestão dele não era. Nós tivemos que compor um novo, ficaram poucos da anterior. O conselho antigo não aceita a nova liderança e a legitimidade das urnas", criticou.

DESABAFO

Perguntado sobre as cobranças nas redes sociais, Arnaldo fez duras críticas. "Há muita imoralidade. O fake se propaga em uma velocidade muito grande. Embarcam torcida, sócios e imprensa. A internet é positiva por um lado e negativa por outro. Faz parte do dia a dia, mas não vou participar desse jogo. A única coisa que exijo é respeito. Não sei lutar com essas armas, de chamar uma pessoa de covarde ou incompetente sem analisar as coisas por dentro. Por isso, deixei de participar", finalizou.

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