Em época de eleição presidencial no Brasil, o Sport está se apegando, na verdade, ao lema de campanha do ex-presidente dos EUA, Barack Obama: “Yes, we can” (Sim, nós podemos). As duas últimas vitórias do time leonino em casa (Internacional e Vasco) contribuíram para criar esse ambiente positivo dentro do clube e renovar as esperanças rubro-negras de permanecer na Série A. Os números, inclusive, melhoraram. Se antes da última rodada, o Leão aparecia com mais de 85% de risco de ser rebaixado; agora, restante oito jogos, algumas projeções apontam na casa de 70%. Percentual ainda alto, porém, um pouco mais animador. Entretanto, apesar da onda otimista, a situação da equipe rubro-negra ainda é adversa. Para evitar a queda terá de se superar principalmente nos duelos fora de casa, pois somou apenas sete pontos dos 30 disputados até agora.
Mesmo com a desconfiança ainda pairando na Ilha do Retiro, sem saber se o raio vai cair pela terceira vez no mesmo lugar - o Sport luta pelo terceiro ano consecutivo para se livrar do rebaixamento, conseguindo escapar em 2016 e 2017 na última rodada -, os jogadores seguem esperançosos em alcançar o objetivo. “Conseguimos a vitória com superação e acreditando sempre. Magrão (sofreu uma fratura no antebraço), sei que é difícil para você, pois sei que querias estar com a gente. Mas, recupere-se. Vamos fazer você disputar a Primeira Divisão no ano que vem”, falou Michel Bastos, em declaração ainda no vestiário do Estádio Adelmar da Costa Carvalho e divulgado na TV Sport.
Diferente das temporadas passadas, quando contava com nomes de peso no elenco, como Diego Souza (São Paulo), André (Grêmio) e o próprio Magrão (lesionado), este ano o Sport não tem um jogador que desequilibre individualmente e, o único atleta renomado, Michel Bastos, ainda não mostrou regularidade com a camisa rubro-negra. Apesar disso, a direção leonina faz questão de mostrar que acredita na força do atual elenco. “A palavra que Milton (Mendes) tem sempre usado quando a gente conversa e eu também tenho dito isso a ele é que a gente confia muito em vocês (jogadores)”, declarou Laércio Guerra, vice-presidente de futebol do Sport.
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Com 30 pontos na tabela de classificação (a três do primeiro time fora do Z-4, o Vitória, 16º, com 33 pontos), o Leão precisa de mais quatro ou cinco vitórias nos últimos oito jogos restantes para assegurar a permanência na elite do futebol brasileiro pelo sexto ano consecutivo. Nada impossível de acontecer. Afinal, o time rubro-negro ainda tem mais quatro partidas como mandante, sendo dois confrontos diretos (Vitória e Ceará, este último tem uma partida a menos, joga amanhã com o Cruzeiro, no Mineirão) e dois duelos com equipes que brigam na parte de cima da tabela: Flamengo (título) e Santos (Libertadores). A maior dificuldade está nos confrontos longe do Recife, quando os rubro-negros não se saíram bem, com duas vitórias (Paraná e Palmeiras), um empate (Internacional) e 12 derrotas. Pela frente, os rubro-negros terão Grêmio, Fluminense, Chapecoense e São Paulo.
SEM PRESSÃO
O que pode ajudar o Sport a superar essa adversidade, por incrível que pareça, não está somente dentro das quatro linhas. A execução de maneira assertiva em campo passa diretamente pelo ambiente mais leve no elenco leonino. De quebra, as pendências financeiras estão sendo resolvidas pela atual direção de futebol, um combustível a mais para concretizar o objetivo de permanecer na Série A.