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Com mistura de frevo e baião, Galo de Manaus faz 100 mil foliões ferverem

Agremiação atrai muitos pernambucanos que moram na cidade, e este ano, homenageou Luiz Gonzaga

Agência Brasil
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Publicado em 28/02/2017 às 16:06
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Agremiação atrai muitos pernambucanos que moram na cidade, e este ano, homenageou Luiz Gonzaga - FOTO: Foto: Reprodução/Facebook
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Frevo e baião se misturaram no carnaval de Manaus na tarde desta terça-feira gorda (28). Os pernambucanos saudosos da sua terrinha natal e os manauaras que curtem os dois ritmos se juntaram para homenagear Luiz Gonzaga, no bloco Galo de Manaus, na Avenida das Torres. Com o tema o “Baião Frevô”, o repertório do artista foi tocado por todas as bandas convidadas pelo bloco, além da Banda e da Orquestra de Frevo oficiais do Galo de Manaus.  

“É um pernambucano que fez muito pela cultura do povo nordestino e pelo Brasil. É um ícone da cultura nacional, respeitadíssimo. A ideia é essa: a cultura pernambucana do baião do Luiz Gonzaga que contagiou o Brasil inteiro assim como a cultura do frevo. A gente está unindo as duas culturas no carnaval”, explicou o produtor do bloco, Théo Alves.

Uma das novidades da agremiação neste ano são os palcos temáticos. No “Palco Manaus” e “Palco Pirão AM”, se apresentaram artistas locais. Já o “Trio Elétrico” e o “Palco Voltei Recife” serão totalmente dedicados à cultura pernambucana, abrigando uma homenagem a Luiz Gonzaga, rei do baião, com o tema “O baião frevôu”.

Parte das músicas do Velho Lua foram executadas em baião  e outra parte em frevo, tocada com sanfona. Todas as bandas tocaram pelo menos uma música do artista, mas uma em especial, que é a “Mão pra Riba”, trouxe duas horas de homenagem tocando, exclusivamente músicas do Gonzagão, parte em ritmo de frevo, parte em ritmo de baião.

O grupo de dança Artes sem Fronteiras, que faz parte de um projeto social, fez o público dançar frevo no Galo de Manaus e os 20 dançarinos também apresentaram passos do baião.

O Galo de Manaus atrai muitos pernambucanos que moram na cidade. É o caso do biólogo Wellington Costa, que chegou na capital amazonense em 1984 e frequenta o bloco há mais de 10 anos. Para ele, a festa é uma forma de matar a saudade da cultura de seu estado.

“Desde 2005 eu comecei a participar do Galo, que iniciou em 2004. Na época me disseram que tinha começado um 'negócio' de frevo no carnaval. Depois encontrei um amigo pernambucano que me falou que uns pernambucanos inventaram um caminhão e colocaram um punhado de gente atrás só tocando frevo e puseram até o nome de Galo de Manaus. E foi ficando. Achei legal e comecei a conhecer a turma”, contou Costa.

História

O Galo de Manaus foi criado em 2004 por pernambucanos que vieram trabalhar no distrito industrial da cidade e foi inspirado no Galo da Madrugada, de Recife, considerado o maior bloco do mundo. A primeira festa na capital amazonense reuniu cerca de 150 brincantes e atualmente atrai um público de, pelo menos, 100 mil pessoas. A participação no Galo de Manaus é gratuita.

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