Um grupo de pesquisadores apresentou na quinta-feira (10) dois novos fósseis considerados precursores dos dinossauros e encontrados entre 2009 e 2010 no sítio de Buriol, em São João do Polêsine, na região central do Rio Grande do Sul.
Leia Também
- Brasileiros em busca de fósseis na Antártica
- Acordo representa fim da era dos combustíveis fósseis, diz diretor do Greenpeace
- UFPE faz inventário de fósseis de Exu
- Fósseis do Araripe apreendidos pelo FBI
- Pesquisadores da UFPE fazem escavações para montar museu de fósseis em Exu
- Pesquisadores descobrem fósseis de 90 mi de anos em Minas Gerais
- Polícia Federal desarticula quadrilha que fazia contrabando de fósseis e pedras semipreciosas
- Professor da PUC de Campinas encontra fósseis de 270 milhões de anos
- Achados fósseis com estranho mosaico de traços humanos e de chimpanzés
Batizados como Buriolestes schultzi e Ixalerpeton polesinensis, o animais pré-históricos são do período triássico, ou seja, de mais de 320 milhões de anos. Eles foram achados pelos pesquisadores da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) em Canoas, Porto Alegre, e da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto, segundo a Agência Ansa.
A descoberta também foi publicada na revista científica norte-americana Current Biology. "Esses fósseis brasileiros trazem um novo cenário evolucionário para o início da irradiação dos dinossauros e abrem espaço para novas e desafiadoras questões", afirmou Sérgio Furtado, professor da Ulbra.
Segundo ele, a qualidade do material fóssil é raramente encontrada e pode ser considerada um achado, já que traz informações fundamentais para o entendimento da origem e evolução dos dinossauros.
"Com esse material, é possível dizer que os dinossauros e seus precursores viveram lado a lado , e que a ascensão dos dinossauros foi mais gradual, não uma rápida explosão de diversidade, levando outros animais da época à extinção", completou Max Langer, paleontólogo da USP.
HOMENAGEM
Os nomes dos fósseis são uma forma de homenagear os locais onde os animais foram descobertos e o paleontólogo gaúcho César Leandro Schultz.