Os desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) decidiram, por 4 votos a 1, levar a novo julgamento os 74 policiais condenados pelas 111 mortes de detentos no massacre de Carandiru, em 1992. A justiça tinha que decidir, nesta terça-feira (11), se os réus seriam absolvidos ou iriam a novo julgamento.
Leia Também
- Número de presos mortos no Amazonas é o maior desde o Carandiru
- Carandiru: MP recorre de decisão que anulou julgamento de policiais
- Entidades pede afastamento de desembargador do caso Carandiru
- CNJ recebe reclamações contra desembargador do caso Carandiru
- Carandiru: ABI repudia ataques do desembargador Ivan Sartori
- Carandiru: filha de vítima vai à Justiça por respeito à memória do pai
Entre 2013 e 2014, em cinco julgamentos diferentes, os 74 PMs foram condenados. Em todos eles, o júri votou pela condenação dos réus. Entretanto, em setembro do ano passado, uma decisão unânime de três desembargadores da 4ª Câmara Criminal do TJ-SP anulou os julgamentos por considerarem que não há provas que demonstrem quais foram os crimes cometidos por cada um dos policiais condenados.
Além de votar pela anulação do julgamento, o desembargador Ivan Sartori também pediu a absolvição de todos os 74 réus, baseando-se na absolvição de três policiais militares durante um dos julgamentos. "Não houve massacre. Houve obediência hierárquica. Houve legítima defesa", afirmou Sartori na ocasião.
Como não houve consenso sobre a absolvição, o TJ-SP precisou decidir se todos os policiais seriam absolvidos ou se deveriam passar por novo julgamento, segundo o UOL
Novo julgamento
O processo agora volta para o 2º Tribunal de Júri de São Paulo, onde será apreciado por um novos júris que serão formados. Ainda não data para o novo julgamento.
