MISTÉRIO

Jovem que sumiu no Acre deixou contratos para amigos lucrarem com a venda dos livros

Bruno Borges escreveu livros criptografados antes de desaparecer no dia 27 de março deste ano

JC Online
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Publicado em 31/05/2017 às 15:40
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Bruno Borges escreveu livros criptografados antes de desaparecer no dia 27 de março deste ano - FOTO: Foto: Reprodução/ Internet
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Os móveis do jovem Bruno Borges, que sumiu misteriosamente no dia 24 de março, no Acre, foram encontrados pela polícia, nesta quarta-feira (31), na casa de um amigo dele. Uma rack e uma cama foram apreendidos, além de um outro amigo de Bruno, Marcelo Ferreira, de 25 anos, ter sido preso nesta manhã, em Rio Branco, por estar com contratos deixados pelo jovem para que um grupo de pessoas lucrasse com a venda dos livros criptografados escritos por ele.

Ao portal G1, o delegado responsável pela investigação afirmou que cumpriu dois mandados de busca e apreensão e encontrou contratos deixados por Bruno Borges destinando parte da venda dos livros para Ferreira, Gaiote e um primo de Bruno, Eduardo Borges. O objetivo da ação policial era identificar indícios da localização de Bruno e também documentos que pudessem provar que o desaparecimento foi um plano bolado pelo estudante.

Segundo o delegado, as novas provas deixam evidente que o desaparecimento do jovem não foi por acaso. "Na verdade, foi um plano consciente", disse em entrevista.

Os contratos encontrados pela polícia apresentam prazo para a divulgação e venda dos livros escritos por Bruno, além de destinar uma porcentagem do lucro aos amigos.

O sumiço do estudante de psicologia chamou bastante atenção. Bruno de Melo Silva Borges, de 24 anos, foi visto pela última vez em um almoço de família.

A razão pelo interesse envolve os mistérios relacionados com o desaparecido. Ao entrar no quarto do estudante, a Polícia Civil do Acre, responsável pelas investigações, encontrou uma série de textos criptografados espalhados pela parede do cômodo.

Além disso, foram encontrados 14 livros escritos à mão, também criptografados pelo jovem, e uma estátua do filósofo Giordano Bruno, perseguido pela Igreja por conta de suas teorias sobre a infinitude do universo, orçada em cerca de R$ 7 mil. Outros itens demonstravam o interesse do jovem por temas como ocultismo e a existência de vida inteligente fora da Terra.

De acordo com os pais, o quarto sofreu as modificações enquanto eles estavam em uma viagem de férias. Após observarem as mudanças, eles começaram a suspeitar de que o filho, na verdade, teria fugido de casa. Dois irmãos, que permaneceram na casa junto com Bruno, não observaram as mudanças no quarto por ele ter permanecido fechado durante todo o tempo.

Família

No Facebook, a irmã de Bruno questionou as novas revelações sobre o caso, "desde o desaparecimento soubemos do contrato,e isso nunca nos disse muita coisa a respeito. Até porque, para que os planos do Bruno deem certo, ele precisa de dinheiro. Afinal, não dá pra construir hospitais e ajudar quem precisa só com amor no coração. Então nem comecem com nhenhenhe!! Qual o problema ele fazer um contrato para ajudar amigos que o ajudaram? O problema é que sempre tentam encontrar um meio pra denegrir a imagem de alguém de bem", escreveu.

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