Sumiço

'Me isolei para buscar a verdade da vida', diz 'Menino do Acre'

Jovem não revelou onde esteve durante desaparecimento, mas se arrependeu de não ter comunicado à família

JC Online
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Publicado em 14/08/2017 às 10:18
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Jovem não revelou onde esteve durante desaparecimento, mas se arrependeu de não ter comunicado à família - FOTO: Foto: reprodução/TV Globo
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Após o retorno para casa dos pais, em Rio Branco, chegou ao fim na última sexta-feira (11) o mistério que rondava Bruno Borges, mais conhecido como o "Menino do Acre". Ele ficou famoso em todo o Brasil após desaparecer deixando escritos enigmáticos espalhados pelo quarto.

Na noite dste domingo (13), o estudante de psicologia revelou que o sumiço não foi uma "jogada de marketing", como alega a polícia acreana devido aos 14 livros feitos à mão em códigos. A tradução dos escritos foi feita por um amigo da família, com ajuda de um programa de computador. Intitulado "Teoria da absorção do conhecimento", a obra foi publicada em 21 de julho e já vendeu 20 mil exemplares.

"Tudo que fiz foi com o objetivo principal de estimular as pessoas a adquirirem conhecimento, e, à medida que a gente vê as pessoas buscando esse conhecimento, a gente vê que deu certo."

Segredo e arrependimento

Durante a entrevista, Bruno não quis informar onde esteve durante o desaparecimento. "Estive em meio à natureza. Toda parte do isolamento, eu não vou falar, mas eu fiz um estudo para saber o que eu iria precisar para me manter no lugar", contou.

Porém, afirmou estar arrependido por não ter dado uma satisfação à família. "Pensei que, com tudo o que eu tinha deixado, todo mundo saberia que eu me isolei para buscar a verdade da vida. O fato de eu ter me isolado foi para encontrar uma verdade dentro de mim que eu estava precisando encontrar. Eu estava precisando renascer."

O retorno do jovem para casa acontece no momento em que o livro atinge a marca de um dos mais vendidos no Brasil na categoria não ficção.

Informações da polícia dão conta que antes do sumiço, Bruno teria assinado um acordo, com 19% dos lucros destinados para dois amigos, 15% para o primo que emprestou R$20 mil, 5% para editora 61% para ele, devido aos custos de publicação terem sido bancados pelos familiares.

O estudante de psicologia explicou que essa divisão para os amigos e primos foi uma maneira de agradecer o esforço deles. "O trabalho deles foi muito importante para realizar meu sonho."

Por último, Bruno ressaltou o interesse de continuar no universo literário. ""Eu quero construir uma carreira. Quero continuar escrevendo as coisas que eu acredito que são importantes. Nunca vou parar de querer ajudar as pessoas de alguma maneira, de adquirir conhecimento e aprender comigo mesmo", destacou.

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