VIOLÊNCIA CONTRA O IDOSO

Quase 30% das ligações para Disque Combate ao Preconceito é de idosos

Foram 28% de contatos para fazer denúncias e consultas sobre os direitos dos idosos

ABr
Cadastrado por
ABr
Publicado em 30/08/2017 às 19:52
Foto: ANPR
Foram 28% de contatos para fazer denúncias e consultas sobre os direitos dos idosos - FOTO: Foto: ANPR
Leitura:

Após as duas primeiras semanas de funcionamento do Disque Combate ao Preconceito, criado pela Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Políticas para Mulheres e Idosos (SEDHMI) do Rio de Janeiro, chamou a atenção dos responsáveis pelo serviço o volume de ligações para tratar de assuntos relacionados à população idosa. “Foram 28% de contatos para fazer não só denúncias, mas consultas sobre os direitos dos idosos”, explicou o secretário Átila Nunes.

Segundo o secretário, a grande quantidade de ligações de pessoas acima de 65 anos mostrou que existe uma “lacuna forte” com relação a canais de contato para a população idosa. Com base nisso, a secretaria pretende reestruturar a ferramenta e criar canais próprios para esse público.

Para Átila Nunes, existe uma mistura de preconceito com falta de respeito pelos direitos dos idosos. “Muitas vezes, os idosos se sentem preteridos na sociedade, nos seus direitos mais básicos”. Ele mencionou que um exemplo é o transporte público. Segundo ele, as reclamações, quando são feitas diretamente às empresas ou concessionárias, costumam ser ignoradas. “Fica bem claro que há uma necessidade de se fazer um trabalho direcionado para essa parcela da sociedade”.

Serviço

O restantes das reclamações e denúncias (72%) envolveram situações relacionadas à intolerância religiosa, racismo e preconceito em relação à população LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), entre outros casos. De modo geral, Átila Nunes informou que são feitas consultas perguntando sobre direitos, uma vez que esses aspectos nem sempres são claros para a população vulnerável.

O Disque Combate ao Preconceito atende pelo número (21) 2334-9551. Podem ser denunciados atos preconceituosos como xenofobia, LGBTfobia, racismo, intolerância religiosa, violência contra mulheres e idosos. O serviço funciona de segunda a sexta-feira, das 10h às 16h.

O secretário disse que a ideia, a partir dessa primeira etapa quando se começa a ter um raio-x do perfil das demandas, é ampliar o serviço, criando mais canais de atendimento.

Últimas notícias