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Comoção marca enterro de vítimas de incêndio em creche de Janaúba

Dezenas de pessoas compareceram, na tarde desta sexta-feira (6), ao cemitério de Janaúba para assistir ao enterro das primeiras vítimas da tragédia

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Publicado em 06/10/2017 às 21:36
Foto: Leonel Lacerda / Band News / AFP
Dezenas de pessoas compareceram, na tarde desta sexta-feira (6), ao cemitério de Janaúba para assistir ao enterro das primeiras vítimas da tragédia - FOTO: Foto: Leonel Lacerda / Band News / AFP
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Em plena comoção pela tragédia, dezenas de pessoas compareceram, na tarde desta sexta-feira (6), ao cemitério de Janaúba para assistir ao enterro das primeiras vítimas do incêndio em uma creche da cidade, segundo um fotógrafo da AFP no local.

Os pequenos caixões brancos foram abertos para alguns minutos de silêncio, ante a dor das famílias devastadas.

"É inexplicável o que aconteceu, não tenho palavras. Ouvi no rádio que tinha fogo lá e na hora pensei nos meus netos. Tinha certeza que alguma coisa tinha acontecido com eles", disse ao jornal Folha de São Paulo o lavrador Antonio Pereira da Silva, de 56 anos, durante a despedida da sua neta. 

A prefeitura de Janaúba decretou sete dias de luto oficial, enquanto o presidente Michel Temer expressou, na quinta-feira (5), sua "solidariedade com as famílias" vítimas desta "tragédia".

Sobe número de mortos após incêndio

Duas meninas que ficaram feridas no incêndio provocado na quinta-feira (5) por um vigia em uma creche de Janaúba faleceram nesta sexta (6), elevando para nove o número de mortos na tragédia, enquanto o país assistia comovido aos primeiros enterros das vítimas.

Cecilia Davine Dias e Yasmin Medeiros Salvino, de quatro anos, faleceram no início da tarde, indicou à AFP um porta-voz do hospital de Montes Claros aonde foram levadas cerca de 20 das crianças feridas.

A tragédia ocorreu na quinta-feira na creche "Gente Inocente" de Janaúba, localidade de 70.000 habitantes a 600 km ao norte de Belo Horizonte.

O fogo começou depois das 09h00, quando o vigia da creche jogou álcool nas vítimas e nele próprio e ateou fogo. 

No total, sete crianças de quatro anos faleceram, assim como uma professora, de 43 anos, que tentou salvá-las.

O incêndio deixou também cerca de 40 feridos, trasladados imediatamente a três hospitais da região segundo a gravidade de seu estado.

O autor do crime, o vigia Damião Soares dos Santos, de 50 anos, morreu pouco depois no hospital onde foi internado com queimaduras em todo o corpo. Segundo as autoridades locais, ele sofria de "problemas mentais" desde 2014.

 

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