Em meio a onda de mensagens de solidariedade sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e seu motorista Anderson Gomes, divergências políticas ficaram de fora. Na manha da última quinta-feira (15), o deputado estadual Flávio Bolsonaro (PCS) havia postado uma mensagem de apoio às famílias das vítimas. Contudo, o twett do político foi excluído posteriormente da sua conta.
A postagem deletada dizia: "Meus sentimentos às famílias da vereadora Marielle Franco e de seu motorista. Apesar de profundas divergências políticas, sempre tive relação respeitosa com ela. A impunidade e a legislação penal frouxa seguem estimulando a violência". Flávio ainda chegou a ser questionado por internautas, mas não respondeu.
Onde está a postagem sobre a Marielle, apagou por que Deputado? Tão nobre aquele ato. Também lamentamos a morte de todos os trabalhadores inocentes, lamentamos também todo esse ódio ai nos comentários.
— Thiago Rondo (@thiagorondo) 15 de março de 2018
O Jornal do Commercio entrou em contato com a assessoria de Flávio Bolsonaro e até o momento, o político não havia apresentado uma resposta.
O deputado estadual Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro não falaram sobre o assassinado da vereadora e do motorista.
Em outra postagem, Eduardo publicou uma crítica as especulações sobre uma possível culpa de policiais militares no crime. "Se você morrer seus assassinados serão tratados por suspeitos, salvo se você for do PSOL, aí você coloca a culpa em quem você quiser, inclusive na PM".
Sem homenagens
Dos treze pré-candidatos à Presidência do Brasil, Jair Bolsonaro foi o único que não comentou sobre a morte da vereadora do PSOL Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Marielle Franco e o motorista Anderson Pedro Gomes, foram assassinados na noite da última quarta-feira (14), no centro do Rio de Janeiro, por pelo menos nove tiros disparados contra o carro da vereadora do PSOL enquanto voltava de um debate com jovens negras.
Ao jornal Folha de S. Paulo, um assessor do candidato afirmou que a opinião do parlamentar sobre o crime que vitimou a vereadora, uma defensora dos direitos humanos, seria polêmica demais.
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Os outros doze presidenciáveis se solidarizaram e mandaram mensagens de apoio às famílias das vítimas e apoiadores da vereadora.
O assassinato da vereadora Marielle Franco revolta o Brasil inteiro. Um crime bárbaro que precisa ser rapidamente esclarecido, com os responsáveis punidos severamente. Esse homicídio revela a ousadia dos criminosos no país. Intolerável.
— Geraldo Alckmin (@geraldoalckmin) 15 de março de 2018
Difícil acreditar que a execução a sangue frio de Marielle e do motorista Anderson Gomes seja mera coincidência após as denúncias que ela vinha fazendo sobre a violência policial no Rio. Lutaremos por justiça até o fim. Marielle, honraremos sua caminhada!
— Guilherme Boulos (@GuilhermeBoulos) 15 de março de 2018
Chico Mendes morreu na defesa dos injustiçados da floresta. Marielle morreu defendendo os injustiçados da cidade. O sentimento é de muita tristeza e indignação. Do Rio de Janeiro chora o mundo inteiro! #MariellePresente pic.twitter.com/BKTTxSidUL
— Marina Silva (@silva_marina) 15 de março de 2018
Para a Rádio Bandeirantes, o candidato Henrique Meireles (PSD) reforçou a decisão do governo decretar a intervenção militar. "É um sinal preocupante quando se começa a misturar violência de roubos e tráfico com violência política. Isso não caminhou bem em outros países que caminharam nessa direção”.
Meus sentimentos e solidariedade à família da Marielle Franco e de seu motorista neste momento difícil e inesperado .
— João Amoêdo (@joaoamoedonovo) 15 de março de 2018