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Comentários sobre morte da vereadora Marielle Franco dividem opiniões na web

A Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Rio de Janeiro trabalha com a hipótese de execução. Em nota, o PSOL afirmou que a suspeita de crime político não deve ser descartada

JC Online
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Publicado em 16/03/2018 às 9:42
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A Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Rio de Janeiro trabalha com a hipótese de execução. Em nota, o PSOL afirmou que a suspeita de crime político não deve ser descartada - FOTO: Foto: Reprodução
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Uma onda de indignação tomou conta das redes sociais dos brasileiros na última quinta-feira (15). Marielle Franco e o motorista Anderson Pedro Gomes, foram assassinados na noite da última quarta-feira (14), no centro do Rio de Janeiro, por pelo menos nove tiros disparados contra o carro da vereadora do PSOL enquanto voltava de um debate com jovens negras. Os comentários se tornaram motivadores de divergências políticas. 

O crime cometido contra a defensora dos direitos humanos é mencionado em tom de revolta por internautas que frisam a importância de continuar a luta por Justiça, em meio a um sentimento que mistura indignação com desejo de que não pode perder a esperança.

Independente das divergências políticas, artistas e políticos também se solidarizaram e divulgaram as suas mensagens de apoio nos seus perfis das redes. A jornalista e escritora Cora Rónai lamentou a morte da vereadora Marielle e divulgou na sua página pessoal uma mensagem de solidariedade. "Estou horrorizada com isso. Horrorizada", comentou no post.

 

Na mesma publicação de Cora, a cantora e mãe do escritor e ator Gregório Duvivier, Olivia Byington comentou: "Too late pra dar esse apoio né?". O comentário foi respondido por vários internautas, que criticaram a artista. 

Além das manifestações em dezenas de cidades, comentários de políticos, empresários, artistas e de entidades internacionais, como a ONU, tomaram conta da web. A entidade internacional cobrou rapidez e transparência nas investigações do assassinato de Marielle e de Anderson.

A Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Rio de Janeiro trabalha com a hipótese de execução. Em nota, o PSOL afirmou que a suspeita de crime político não deve ser descartada.

Comentários

Várias pessoas realizaram comentários em sentidos diversos. Alguns, o posicionamento político se relacionava direta ou indiretamente contra o crime. Em uma publicação do portal UOL, um internauta fez um comentário: "Ela amava defender bandidos e traficantes, e agora foi morta por eles, e a classe podre está colocando a culpa na polícia e sem provas...". O usuário continua e diz que "Agora peguem os que mataram e faça a ressocialização deles e para reintegrar a sociedade pois eles merecem uma segunda chance seus lixos defensores de marginal."

Na mesma postagem, um internauta acrescenta e relembra sobre uma ação feita pela vereadora. "Ela foi a vereadora que fez um discurso na câmara, pedindo um minuto de silêncio para sete bandidos que foram mortos numa troca de tiros com policiais em São Gonçalo no ano passado".

Indignados, outros internautas comentavam as opiniões expostas pelas pessoas que criticavam, de alguma forma, os direitos humanos. "Ela defendia o ser humano, defendia família de PM morto também. Acho que vocês não sabem disso, né?!", reclamou uma internauta.

O jornal Extra publicou uma nota de esclarecimento na última quinta-feira (15), sobre os comentários realizados em suas postagens. "Com 20 anos de trajetória como um jornal popular com enfoque na garantia desses direitos para TODOS os humanos, o EXTRA, no papel de veículo de INFORMAÇÃO, se sente na obrigação de esclarecer aos seus leitores o que são, afinal de contas, os direitos humanos", disse. 

O jornal carioca ainda colocou um link em que direciona para a Declaração Universal dos Direitos Humanos. 

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