Meio Ambiente

Tempestade de areia deixa dois mortos no Líbano

Uma mulher "morreu ontem e outra hoje" no leste do país, disse o ministro da Saúde, Wael Bu Faur

Da AFP
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Publicado em 08/09/2015 às 14:10
Foto: JOSEPH EID / AFP
Uma mulher "morreu ontem e outra hoje" no leste do país, disse o ministro da Saúde, Wael Bu Faur - FOTO: Foto: JOSEPH EID / AFP
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Ao menos duas pessoas morreram e outras 750 sofrem com problemas respiratórios no Líbano por uma tempestade de areia que varre o Oriente Médio, informou nesta terça-feira o ministério da Saúde libanês.

"O número de casos de sufocamentos e transtornos respiratórios pela tempestade de areia chega a 750", afirmou em um comunicado.

Uma mulher "morreu ontem e outra hoje" no leste do país, disse o ministro da Saúde, Wael Bu Faur.

Antes havia anunciado "o estado de alerta" e pedido "às pessoas que sofrem de asma, alergias e doenças cardiovasculares e pulmonares crônicas, assim como aos idosos, crianças e mulheres grávidas que permaneçam em casa, evitem a poeira (...) e coloquem máscaras".

Segundo o serviço meteorológico, a tempestade perderá intensidade a partir da noite de quarta-feira.

O vento de areia que sopra na região é um fenômeno que costuma ocorrer no Líbano, "mas durante a primavera, em março e abril", explicou o secretário-geral do Centro Nacional de Pesquisas Científicas (CNRS) no Líbano, Muin Hamzé.

A tempestade complica ainda mais a vida dos refugiados sírios em acampamentos da região semidesértica da Bekaa, mas até o momento não afetou o tráfego aéreo no aeroporto internacional de Beirute.

Na vizinha Síria, um país em guerra há mais de quatro anos, a tempestade atinge várias províncias, sobretudo a de Homs (centro), Aleppo (norte), Latakia (oeste) e Deir Ezzor e Deraa, estas duas últimas no sul, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), uma ONG com sede na Grã-Bretanha e uma rede de fontes no país.

Dezenas de civis sofrem de asfixia, acrescentou.

Em Mayadin, uma cidade do leste da Síria controlada pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI), os hospitais não podem receber mais pacientes por falta de cilindros de oxigênio, segundo o OSDH.

O ministério da Saúde sírio informou, por sua vez, que "centenas de cidadãos que sofrem de asma e bronquite foram a clínicas para ser atendidos".

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