Três pessoas morreram em confrontos na madrugada e na manhã desta terça-feira (25) entre grupos armados rivais no maior acampamento de refugiados palestinos do Líbano, perto de Sidon (sul), informaram à AFP fontes médicas.
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Os confrontos, entre membros do grupo islamita de Jund al Sham e do Fatah liderado por Mahmud Abbas, obrigaram centenas de residentes a fugir do acampamento de Ain el Helué e a buscar refúgio em mesquitas próximas.
As fontes médicas informaram sobre ao menos 35 feridos, mas as ambulâncias eram incapazes de resgatar outros feridos devido à intensidade dos combates.
Ao menos dois dos mortos eram membros do Fatah, segundo fontes palestinas. Até o momento, a identidade do terceiro falecido não era conhecida.
O ruído dos disparos das armas automáticas e o foguete foi ouvido de Sidon, e o exército libanês reforçou seu controle nas quatro saídas do acampamento, deixando quem quisesse sair, mas proibindo as entradas, constatou um jornalista da AFP.
Os confrontos explodiram no sábado, após a morte de dois membros do Fatah em uma tentativa de assassinato de um de seus chefes pelos islamitas.
A tensão cresce há meses neste acampamento, onde os habitantes vivem às vezes em condições lamentáveis.
Em virtude de um acordo em vigor há meio século, o exército libanês não entra nele, e organizações palestinas se encarregam da segurança.
Como consequência, no acampamento foram criadas zonas sem lei, de modo que Ain el Helué se converteu em um refúgio para os extremistas e as pessoas procuradas pela polícia.
Este acampamento, no qual residem 54.000 palestinos registrados, também acolheu nos últimos anos milhares de palestinos que fugiram dos combates na Síria.
Segundo a Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA), 450.000 estão inscritos no Líbano, e a metade deles vive nos 12 acampamentos do país.