O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, sugeriu que pode retirar as sanções sobre a Rússia e que não respeitará a política de "uma só China", que não reconhece a independência de Taiwan, a menos que Pequim melhore suas políticas comerciais e cambiais.
Leia Também
- Trump assumirá presidência dos EUA sob forte esquema de segurança
- Às vésperas da posse de Trump, brasileiros nos EUA estão apreensivos
- Trump manterá comitê de campanha ativo, de olho na eleição de 2020
- Trump parabeniza Senado por iniciar processo de derrubada do Obamacare
- Secretário de Estado de Trump revisará retirada de Cuba da lista de terrorismo
Em declarações ao Wall Street Journal (WSJ), em uma entrevista publicada na sexta-feira, Trump afirma que manterá intactas, "pelo menos por um tempo", as sanções impostas no mês passado à Rússia pela administração de Barack Obama em razão dos ataques cibernéticos russos para influenciar a eleição presidencial dos Estados Unidos.
Mas se a Rússia ajudar os Estados Unidos em objetivos específicos, como na luta contra os jihadistas, Trump sugeriu que poderia anular essas medidas. Além disso, ele garantiu que está pronto para encontrar com o presidente russo, Vladimir Putin, depois de sua posse em 20 de janeiro.
Quanto à prática americana de não reconhecer Taiwan diplomaticamente, Trump disse: "Tudo é negociável, incluindo a política de uma só China".
Trump irritou o regime de Pequim
O presidente eleito irritou o regime de Pequim ao aceitar um telefonema de felicitações da presidente de Taiwan, Tsai Ing-Wen, depois de vencer a eleição.
Uma decisão que defendeu na entrevista ao WSJ. "No ano passado vendemos a Taiwan equipamento militar no valor de 2 bilhões de dólares. Podemos vender 2 bilhões de dólares em equipamento militar, mas não estamos autorizados a aceitar um telefonema. Antes de tudo, teria sido rude não aceitar esta chamada".