EXTREMISTAS

Líder do Estado Islâmico está vivo e fugiu de Mossul

O governo americano confirmou que Abu Bakr al Bagdadi fugiu antes da chegada das tropas iraquianas

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Publicado em 09/03/2017 às 7:24
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O governo americano confirmou que Abu Bakr al Bagdadi fugiu antes da chegada das tropas iraquianas - FOTO: ARIS MESSINIS / AFP
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O líder do Estado Islâmico (EI), Abu Bakr al Bagdadi, "está vivo" e "fugiu de Mossul" antes da chegada das tropas iraquianas, confirmou nesta quarta-feira o governo americano, que prevê um deslocamento do grupo jihadista para o vale do Eufrates.

Um responsável do departamento de Defesa revelou à imprensa - sob anonimato - que o líder do EI "provavelmente não exerce qualquer influência tática sobre a batalha" contra as forças iraquianas em Mossul.

"Provavelmente deu orientações estratégicas" a seus comandantes militares, mas os encarregou de liderar a batalha.

O Comando de Operações Especiais dos Estados Unidos (SOCOM) e os serviços de Inteligência americanos seguem o rastro de Al Bagdadi, como fizeram com o líder da Al-Qaeda Osama bin Laden.

Segundo um oficial americano, o EI planeja se retirar para o vale do Eufrates, situado entre Iraque e Síria, quando for expulso de seus bastiões de Mossul e Raqa.

"Não acredito que renunciaram" a manter territórios e seguir formando seu "califado", explicou o oficial. "Têm planos para seguir operando como um pseudo-Estado centrado no  vale do Eufrates" quando perderem o controle de Mossul, no Iraque, e de Raqa, na Síria.

O Estado Islâmico está muito debilitado

O EI está muito debilitado, após mais de dois anos e meio da campanha internacional contra o grupo, e a vitória das forças iraquianas em Mossul é quase certa, segundo especialistas americanos.

Raqa, capital de fato do "califado", está isolada dos demais territórios nas mãos dos jihadistas e fontes dos serviços de inteligência dos EUA afirmam que os dirigentes do  EI já estão abandonando a cidade em direção ao vale do Eufrates.

"Provavelmente" estão reestruturando sua organização em distintos núcleos para seguir ativos diante do avanço da coalizão, declarou o oficial, estimando que o grupo já perdeu "65% do território" que controlava em 2014. 

O Pentágono avalia que o EI tem 15 mil homens em suas fileiras, incluindo "2.500 a oeste de Mossul e na cidade vizinha de Tal Far", "mil" na cidade iraquiana de Hawija e "entre 3.000 e 4.000" em Raqa.

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