O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nessa terça-feira (18) que decidiu ativar o "Plano Zamora", apresentado pela Força Armada Nacional Bolivariana (Fanb) para manter a ordem interna contra as supostas ameaças de golpe de Estado "convocadas por "Washington". A informação é da Agência EFE.
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"Diante desse cenário, decidi ativar o plano estratégico especial cívico-militar para garantir o funcionamento do país, sua segurança, a ordem interna e a integração social", disse Maduro.
Ele fez o anúncio no palácio presidencial de Miraflores, acompanhado por seu gabinete executivo e membros da Fanb. Disse que ativará a "fase verde" do plano, com "toda a estrutura militar, policial e civil do Estado venezuelano", em defesa da ordem interna contra o suposto plano golpista.
"O Plano Zamora, em sua primeira fase, verde, em defesa da paz e para derrotar o golpe de Estado que foi chamado a partir de Washington", afirmou Maduro, acrescentando que a suposta conspiração é "destacada" pelo presidente do Parlamento, Julio Borges.
Segundo ele, o plano foi ativado porque vários órgãos de segurança estiveram "desmantelando grupos" que faziam parte da organização golpista.
"No início da tarde, capturamos um dos líderes do complô militar que estamos desmantelando há três semanas. Ele já se encontra preso e, além disso, está sendo processado na jurisdição militar, responsável pelos golpistas civis e militares", informou.
Livre manifestação
O presidente venezuelano disse ainda que o direito à "livre manifestação" está "totalmente garantido". Lembrou que "todos os direitos têm regras" e necessitam de permissões e que hoje, 19 de abril, é feriado na Venezuela, em comemoração ao primeiro ato da independência do país. "É uma data de patriotas e revolucionários".
Por isso, segundo Maduro, a oposição pode fazer sua manifestação no leste da capital, enquanto os "revolucionários", no oeste, na "Caracas histórica"