Bruxelas

Europa pede investigações sobre mortes na Venezuela

A UE insiste que os responsáveis pela violência precisam responder pelos incidentes e pede que o diálogo volte a ser estabelecido

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Publicado em 20/04/2017 às 11:09
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A UE insiste que os responsáveis pela violência precisam responder pelos incidentes e pede que o diálogo volte a ser estabelecido - FOTO: Foto: JUAN BARRETO / AFP
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A União Europeia (UE) pediu investigações em relação às mortes ocorridas durante os protestos na Venezuela, na noite dessa quarta-feira (19). Bruxelas insiste que os responsáveis pela violência precisam responder pelos incidentes e pede que o diálogo volte a ser estabelecido.

"Pedimos a todos os venezuelanos que se unam para reduzir a tensão e encontrar soluções democráticas dentro do marco da constituição", indicou a porta-voz de política externa da Comissão Europeia. "Apenas um engajamento pacífico e construtivo pode parar a deterioração da situação na Venezuela e construir uma perspectiva melhor para seu povo", insistiu.

Protesto levou milhares de pessoas às ruas

Na quarta-feira, dezenas de milhares de pessoas foram às ruas de Caracas e outras cidades da Venezuela para protestar contra o governo do presidente Nicolás Maduro. Em resposta, o chavismo organizou um ato em Caracas de apoio a Maduro.

O líder chavista Diosdado Cabello informou que um membro da Guarda Nacional Bolivariana tinha sido morto em San Antonio de los Altos, periferia de Caracas, e atribuiu a culpa à oposição. Na capital, um jovem de 17 anos identificado como Carlos José Moreno levou um tiro e morreu. Em Táchira, perto da fronteira com a Colômbia, uma mulher de 24 anos morreu após ser baleada.

"Pedimos uma investigação sobre essas mortes e atos de violência que ocorreram durante os protestos, e para que aqueles responsáveis sejam condenados", insistiu Bruxelas.

"Os atos de violência durante os protestos são altamente lamentáveis", disse a UE. "Estamos entristecidos pelas mortes de um homem e de uma mulher, e preocupados com os relatos de muitos feridos", apontou. Os europeus, em seu comunicado, não fizeram referências ao soldado morto.

"Todas as pessoas envolvidas, inclusive membros das Forças de Seguranças, tem a responsabilidade de agir em total cumprimento do estado de direito e direitos humanos", insistiu Bruxelas.

 

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