Neste domingo (2), as forças apoiadas pelos Estados Unidos na Síria entraram pelo sul do bastião de Raqa pela primeira vez, cruzando o rio Eufrates - relatou o Observatório dos Direitos Humanos (OSDH).
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Após um cerco que durou meses, as Forças Democráticas Sírias (FDS) - uma aliança de combatentes curdos e árabes - bloqueou na quinta-feira (29) a última saída que permitia a fuga dos combatentes do grupo Estado Islâmico (EI) dessa cidade setentrional, ao tomar uma região ao sul do Eufrates.
"Hoje, [as FDS] entraram pelo sul de Raqa pela primeira vez e tomaram o mercado de Al-Hal", anunciou o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman, neste domingo.
"O mercado está sob controle total das FDS, ainda que sob ameaça de contra-ataque do EI", ressaltou.
A reconquista de Al-Hal foi confirmada pelas FDS.
Desde a entrada em Raqa, em 6 de junho, as FDS se instalaram em vários bairros nas zonas leste e oeste. Ainda enfrentam forte resistência do grupo EI, porém, à medida que avançam em direção à cidade.
De acordo com a coalizão internacional que apoia as forças antiextremistas, há 2.500 combatentes do EI em Raqa.
Tomada pelos extremistas em 2014, Raqa se transformou em símbolo das atrocidades cometidas pelo EI, além de se tornar base para o planejamento de atentados contra os países estrangeiros.
Segundo a ONU, mais de 100 mil civis permanecem presos em Raqa.