CRISE DIPLOMÁTICA

Arábia Saudita e aliados se reúnem para examinar crise com o Catar

O encontro acontecerá após o fim do ultimato estabelecido pelos quatro países ao Catar para que aceitasse suas exigências

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Publicado em 05/07/2017 às 6:44
Foto: KARIM JAAFAR / AFP
O encontro acontecerá após o fim do ultimato estabelecido pelos quatro países ao Catar para que aceitasse suas exigências - FOTO: Foto: KARIM JAAFAR / AFP
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A Arábia Saudita e seus aliados, que romperam relações com o Catar, se reúnem nesta quarta-feira (5) no Cairo para decidir os próximos passos em relação a Doha, que considera "irreais" os pedidos do grupo. 

A reunião, que começará às 11H00 GMT (8H00 de Brasília), terá as presenças dos chefes da diplomacia da Arábia Saudita, dos Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Egito. O encontro acontecerá após o fim do ultimato estabelecido pelos quatro países ao Catar para que aceitasse suas exigências. 

Crise diplomática

Riad e seus aliados romperam no dia 5 de junho todas as relações diplomáticas com o pequeno emirado, rico em gás, que acusam de apoiar o "terrorismo" e de manter relações muito próximas com o Irã, grande rival da Arábia Saudita no Oriente Médio. 

Os países também adotaram sanções econômicas contra o Catar, incluindo o fechamento de sua única fronteira terrestre. 

Para acabar com o conflito, os quatro aliados árabes enviaram uma lista de 13 pedidos ao Catar, que deveriam ser atendidas até 2 de julho, prazo que foi prorrogado por 48 horas. 

Entre as várias medidas pedem o fechamento de uma base militar turca e do canal de televisão Al-Jazeera, que consideram muito agressivo, assim como um afastamento de Doha do Irã. 

O Catar, que nega as acusações de apoio ao terrorismo, respondeu na segunda-feira às exigências em uma mensagem enviada ao Kuwait, país que atua como mediador na crise. Riad e seus aliados confirmaram que receberam a resposta, mas o conteúdo não foi divulgado. 

As palavras do ministro das Relações Exteriores do Catar, xeque Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, não deixam dúvidas, no entanto, sobre a resposta. 

"A lista é irrealista e inaplicável", afirmou na terça-feira.

"Não é terrorismo. Estamos falando, simplesmente, de acabar com a liberdade de expressão", completou.

Doha considera que os países vizinhos tentam usurpar sua soberania e interferir em sua política estrangeira.

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