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EUA impõem sanções a mais venezuelanos e alertam contra a Constituinte

EUA impões sanções a 13 funcionários ou ex-funcionários do governo da Venezuela

Agência Brasil
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Publicado em 26/07/2017 às 15:52
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EUA impões sanções a 13 funcionários ou ex-funcionários do governo da Venezuela - FOTO: Foto: Agência Senado
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Os Estados Unidos impuseram nesta quarta-feira (26) novas sanções contra 13 funcionários ou ex-funcionários do governo da Venezuela por abusos de direitos humanos, corrupção ou ações para minar a democracia no país. A medida tem como objetivo pressionar o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, quatro dias antes da eleição para a Assembleia Nacional Constituinte convocada para o domingo (30). A informação é da EFE.

Entre os punidos estão o chefe da Comissão Presidencial para a Constituinte e ex-vice-presidente da Venezuela, Elías Jaua; a presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Tibisay Lucena; a ex-ministra e também membro  da Comissão Presidencial Constituinte, María Iris Varela, e o defensor do povo, Tarek William Saab.

Também estão na lista o ministro do Interior, Justiça e Paz, Néstor Reverol; o comandante da Guarda Nacional Bolivariana (GNB), Sergio Rivero Marcano; o chefe da Polícia Nacional Bolivariana, Carlos Alfredo Pérez; e o comandante do Exército, Jesús Suárez.

Além disso, o Departamento do Tesouro dos EUA puniu pessoas ligadas à estatal petroleira PDVSA e representantes do setor econômico do país, como o presidente do Centro Nacional de Comércio Exterior, Rocco Albisinni Serrano.

Os punidos hoje coincidem em parte com uma lista proposta ontem a Trump pelos senadores de origem cubana Marco Rubio e Bob Ménendez. Todos os sancionados terão seus bens congelados nos EUA e serão proibidos de fazer transações com americanos.

Prejuízo ao setor de petróleo

Apesar de incluir na lista funcionários de alto escalão da PDVSA, o governo de Donald Trump não chegou ao ponto de impor sanções mais amplas que pudessem afetar todo o setor petroleiro do país, uma vez que os EUA são um grande comprador do petróleo. No entanto, Trump já alertou que essa ideia está sobre a mesa e ainda não foi descartada totalmente.

O mandatário americano alertou na semana passada que, se Maduro seguir adiante com os planos da  Constituinte, os EUA responderão com ações econômicas fortes. "Ainda esperamos que Maduro mude de opinião, mas se ele seguir em frente, será inaceitável. A Venezuela pode esperar sanções econômicas imediatas e fortes", afirmou um funcionário da Casa Branca.

Espanha convoca embaixador

Num outro desdobramento da crise venezuelana, o Ministério de Assuntos Exteriores e Cooperação da Espanha convocou hoje o embaixador da Venezuela na Espanha, Mario Isea, para exigir que o governo de Nicolás Maduro acabe com a violência no país e promova "um grande acordo nacional" com a oposição.

O secretário espanhol de Estado de Cooperação e para Iberoamérica, Fernando García Casas, foi quem recebeu Isea em Madri, após o posicionamento da União Europeia (UE) sobre a intensão do regime chavista de realizar eleições no próximo domingo para a Assembleia Constituinte. O ministro de Assuntos Exteriores espanhol, Alfonso Dastis, informou sobre a reunião com o embaixador venezuelano durante a visita oficial que fez hoje a Bamaco, a capital do Mali.

A reunião com o embaixador venezuelano aconteceu depois que a chefe da diplomacia da UE, Federica Mogherini, emitiu um comunicado em que exige do governo venezuelano "medidas urgentes" para restabelecer a confiança e retomar o diálogo com os opositores. Ela também advertiu que a eleição da Assembleia Constituinte poderia "polarizar ainda mais o país e aumentar o risco de confronto".

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