POLÍTICA

México responde a Maduro: 'covarde' é atacar a democracia e o povo

O chanceler mexicano se referiu em sua mensagem à profunda crise política e econômica que sacode a Venezuela, com protestos cotidianos contra o governo, que deixaram 125 mortos

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Publicado em 04/08/2017 às 17:53
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O chanceler mexicano se referiu em sua mensagem à profunda crise política e econômica que sacode a Venezuela, com protestos cotidianos contra o governo, que deixaram 125 mortos - FOTO: Foto: Agência Brasil
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O chanceler mexicano, Luis Videgaray, respondeu ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro, chamando-o também de "covarde" depois que o sul-americano criticou o presidente mexicano Enrique Peña Nieto no contexto da divulgação da conversa telefônica com Donald Trump.

"Covarde é quem usa o poder do Estado para desmantelar a democracia e atacar próprio povo", escreveu na noite de quinta-feira (3) Videgaray em sua conta oficial do Twitter. 

A reação de Videgaray aconteceu depois que Maduro chamou Peña Nieto de "covarde" e "empregado maltratado" do presidente dos Estados Unidos.

O chanceler mexicano se referiu em sua mensagem à profunda crise política e econômica que sacode a Venezuela, com protestos cotidianos contra o governo, que deixaram 125 mortos. 

Em um comunicado nesta sexta-feira (4), a chancelaria se referiu às "lamentáveis declarações recentes de seu presidente" Maduro, mas reitera que apesar disso manterá  seu embaixador em Caracas.

A chancelaria reiterou que continuará promovendo, respeitando a soberania da Venezuela, "uma negociação política sincera que conduza a uma reconciliação nacional".

Confirmou ainda que Videgaray participará na reunião de chanceleres convocada pelo Peru para 8 de agosto para discutir a situação na Venezuela. 

Em meio a crise, Maduro convocou uma polêmica Assembleia Constituinte, cujos membros foram eleitos no domingo em meio a violentos protestos e foi instalada nesta sexta-feira.  

O jornal americano The Washington Post publicou na quinta o que assegura ser a transcrição de um telefonema entre Peña Nieto e Trump, realizada no final de janeiro passado.

Muro

Na ligação, Peña Nieto reiterou que o México, por uma questão de "dignidade" e "orgulho nacional", não pagará pelo polêmico muro fronteiriço que Trump pretende construir Trump. O presidente americano pressionou Peña Nieto a não manifestar essa rejeição na mídia.

Para Maduro, a atitude de Peña Nieto "dá vergonha" e ele parece um "empregado maltratado" de Trump.

O México, um dos países mais críticos ao governo de Maduro, promoveu na Organização de Estados Americanos (OEA) uma reunião de chanceleres para discutir a crise política venezuelana.

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