As autoridades da Venezuela proibiram neste sábado (2) Lilian Tintori, ativista e esposa do líder opositor detido Leopoldo López, de sair do país para se reunir, a partir de segunda-feira (4), com os governantes de França, Alemanha, do Reino Unido e da Espanha. As informações são da Agência EFE.
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“Acabam de proibir minha saída do país. A ditadura quer impedir que façamos uma excursão internacional muito importante”, escreveu Tintori no Twitter, em mensagem publicada junto com uma foto sua no aeroporto internacional de Maiquetía, nos arredores de Caracas.
Lilian seria recebida na próxima semana, juntamente com o presidente do Parlamento venezuelano, o opositor Julio Borges, pelos presidentes da França, Emmanuel Macron, e do governo espanhol, Mariano Rajoy, durante uma excursão europeia na qual ambos também se encontrariam com a chanceler alemã, Angela Merkel, e a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May.
Em outra mensagem na rede social, Lilian mostra a “ata de retenção” que lhe impediu de viajar à Europa. A ata diz que seu passaporte “apresenta um impedimento de saída determinado pelo Ministério Público”, que acusou Lilian Tintori, depois que 200 milhões de bolívares (mais de US$ 60 mil, segundo a taxa de câmbio oficial) foram encontrados em seu automóvel. Com isso, seu passaporte foi apreendido e remetido ao Serviço Administrativo de Identificação Migratória e de Estrangeiros.
Leopoldo López, um dos líderes do partido de oposição Vontade Popular, está em prisão domiciliar após ter passado mais de três anos em uma penitenciária militar, em cumprimento a uma pena de quase 14 anos. Fontes ligadas à organização da viagem à Europa de Lilian e Borges disseram à Agência EFE que o governo de Caracas vinha tentando impedir há algum tempo, “por todos os meios”, essa excursão para receber o apoio dos países europeus.
PERSEGUIÇÃO
Lilian Tintori informou ontem que foi acusada pelo Ministério Público, após a suposta descoberta de 200 milhões de bolívares em espécie em seu veículo, na última terça-feira (29), o que ela denunciou como um novo episódio de “perseguição” contra sua família.
A ativista declarou que não é ilegal ter dinheiro em espécie, e explicou que o montante estava destinado a atender às necessidades de sua avó, que tem 100 anos e está internada em um hospital.