MIGRAÇÃO PARA OS EUA

EUA: juiz suspende aplicação de último decreto migratório de Trump

A decisão do juiz Derrick Watson determina a suspensão do decreto presidencial que proíbe a entrada de cidadãos Chade, Irã, Líbia, Síria, Somália, Síria e Iêmen em solo americano

AFP
Cadastrado por
AFP
Publicado em 17/10/2017 às 22:02
Foto: MANDEL NGAN / AFP
A decisão do juiz Derrick Watson determina a suspensão do decreto presidencial que proíbe a entrada de cidadãos Chade, Irã, Líbia, Síria, Somália, Síria e Iêmen em solo americano - FOTO: Foto: MANDEL NGAN / AFP
Leitura:

Um juiz federal do Havaí suspendeu nesta terça-feira (17) a aplicação do último decreto anti-migratório do presidente Donald Trump, mas manteve o veto ao ingresso de funcionários da Venezuela e da Coreia do Norte a território americano.

A decisão do juiz Derrick Watson determina a suspensão do decreto presidencial que proíbe a entrada de cidadãos Chade, Irã, Líbia, Síria, Somália, Síria e Iêmen em solo americano.

Como a sentença de Watson não analisou especificamente as razões do bloqueio a funcionários venezuelanos e norte-coreanos, manteve-se o veto à entrada destes cidadãos.

Este novo decreto migratório - o terceiro assinado por Trump, já que os anteriores também foram bloqueados pela Justiça - deveria entrar em vigor na quarta-feira.

Em 24 de setembro, Trump emitiu uma nova versão de sua tentativa de fechar as fronteiras do país a cidadãos de certos países de maioria muçulmana, mas surpreendeu ao incluir no decreto funcionários da Venezuela, que são objeto de sanções específicas.

Nesta terça-feira, o juiz Watson considerou que esta terceira edição "sofre precisamente do mesmo problema" que a versão anterior: "não demonstra que o ingresso de mais de 150 milhões de pessoas de seis países seria um prejuízo aos interesses dos Estados Unidos".

Reação

A Casa Branca reagiu apontando uma decisão "perigosamente equivocada" do juiz Watson, que "mina os esforços do presidente para manter os cidadãos americanos seguros".

A nota afirma que o departamento de Justiça "defenderá vigorosamente" a iniciativa presidencial.

A secretária interina de Segurança Interna, Elaine Duke, afirmou que o governo "cumprirá a decisão judicial",  mas espera revertê-la "com a apelação".

O próprio presidente antecipou estar disposto a levar o caso à Suprema Corte para manter as pretensões da Casa Branca de fechar as portas a cidadãos de certos países de maioria muçulmana.

O máximo tribunal americano chegou, inclusive, a dar uma opinião favorável ao segundo decreto, mas já quando o prazo de aplicação das medidas tinha expirado.

A União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU) emitiu um comunicado aplaudindo a decisão do juiz  Watson. ""Estamos felizes e não nos surpreende que o decreto antimuçulmano, ilegal e inconstitucional do presidente Trump tenha sido novamente bloqueado".

Últimas notícias