A ex-presidente argentina Cristina Kirchner (2007-2015) conquistou no domingo (21) uma cadeira no Senado, onde tentará liderar a oposição ao presidente Mauricio Macri, que viu sua coalizão vencer na maioria das províncias nas eleições legislativas de meio de mandato.
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Kirchner, de 64 anos, recebe desta forma imunidade parlamentar, no momento em que é acusada por suposta corrupção.
"É necessário colocar um freio em Macri", disse durante a campanha.
Macri pediu votos para o candidato a senador Esteban Bullrich para evitar a "volta do populismo", palavra que utiliza para definir os 12 anos de governo do kirchnerismo.
Com 98% das urnas apuradas, Bullrich tem 41,35% dos votos e Kirchner 31,26%. Três vagas estavam em disputa ao Senado pela província de Buenos Aires.
Outros eleitos
Outro ex-presidente peronista, mas identificado com a direita do partido, Carlos Menem (1989-99), de 87 anos, conseguiu a reeleição como senador pela pequena província de La Rioja (noroeste).
Menem recebeu 44,1% dos votos, sendo superado pelo candidato macrista Julio Martínez, que registrou 44,7% dos votos. Ambos garantiram suas cadeiras no Senado.
Com a reeleição, o ex-presidente mantém a imunidade parlamentar e o foro privilegiado, o que evita seu envio para a prisão.
Menem foi condenado a sete anos de prisão pela venda de armas e munições a Croácia e Equador, apesar da adesão da Argentina a um embargo internacional porque estes países estavam em guerra contra a Sérvia e o Peru, respectivamente. Também foi condenado a 14 anos de perda dos direitos políticos.
Menem apelou contra sua inabilitação para exercer cargos públicos e foi autorizado a voltar a disputar eleições.