Mais de 30 imigrantes morreram e outros 200 foram resgatados neste sábado (25) após o naufrágio de duas embarcações ao largo da costa da Líbia, de acordo com a Marinha líbia.
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A Guarda Costeira líbia realizou duas operações de resgate ao largo de Garaboulli (60 km a leste de Trípoli), informou o coronel Abou Ajila Abdelbarri, chefe da Guarda Costeira em Trípoli.
"Quando chegamos no local, descobrimos um primeiro bote inflável afundado onde várias pessoas se agarravam", explicou.
"Conseguimos salvar 60 pessoas e recuperar 31 corpos de água", disse ele.
Em torno do segundo bote, havia "140 sobreviventes", acrescentou, sem especificar se há passageiros desaparecidos.
"As condições climáticas parecem propícias ao envio de imigrantes para as costas europeias a bordo de embarcações perigosas", que lutam para chegar ao seu destino, indicou.
De acordo com o comandante Nasser al-Gammoudi, "75% do (primeiro) bote afundou".
"Por mais de cinco horas buscamos outros sobreviventes (...) Então, atraídos por gritos, fomos capazes de resgatar uma mulher", disse ele.
Sobreviventes
Os sobreviventes foram levados à Base Naval de Trípoli, onde as autoridades da Líbia forneceram água e comida, bem como cuidados médicos.
A ONG francesa SOS Méditerranée anunciou, mais tarde, ter resgatado nas águas internacionais, também na direção da costa líbia, mais de 400 pessoas em um barco extremamente danificado.
A Guarda Costeira italiana, que coordena os resgates nas águas internacionais, disse à AFP que outras operações de socorro aconteciam no fim do dia neste sábado.
Eles afirmaram que um total de 1.500 pessoas foram resgatadas na quinta e sexta-feira.
Os imigrantes interceptados ou resgatados pelos guardas costeiros da Líbia geralmente são detidos em centros de detenção para repatriação para seus países de origem, mas o tempo de espera às vezes é longo e ocorre em condições deploráveis.