O líder norte-coreano Kim Jong Un "examina a situação" após a decisão "extremamente corajosa" de Donald Trump de aceitar um encontro histórico entre ambos, declarou a ministra sul-coreana das Relações Exteriores, Kang Kyung-wha, em um entrevista difundida neste domingo nos Estados Unidos.
"Acreditamos que o dirigente norte-coreano examina a situação. Lhe damos o benefício da dúvida, e o tempo que poderia precisar para enviar uma mensagem pública", disse a ministra sul-coreana à rede CBS.
Pyongyang não respondeu publicamente ao presidente americano, que surpreendeu até a seus próprios diplomatas ao aceitar o convite para a cúpula, atribuído a Kim Jong Un e anunciado por emissários sul-coreanos.
ENCONTRO
Os dois chefes de Estado ainda não estabeleceram um contato direto, e não há data e local definidos para o encontro que deverá se concentrar sobre o tema do programa nuclear norte-coreano.
Negociações entre altos funcionários de Coreia do Norte e Suécia, país que representa os interesses americanos em Pyongyang, foram concluídas no sábado em Estocolmo sem um anúncio concreto sobre a hipotética cúpula Trump-Kim.
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Um alto diplomata norte-coreano chegou neste domingo à Finlândia para reunir-se com representantes americanos e sul-coreanos a fim de concretizar o projeto de encontro entre os dois presidentes.
Kang Kyung-wha estima que "um canal de comunicação" foi estabelecido. "Estou certa de que há uma troca de mensagens", acrescentou a CBS.
"Mas acho que o líder norte-coreano precisaria de tempo devido à rapidez com que o presidente Trump aceitou o convite ao diálogo. Acho que todos fomos bastante surpreendidos pela rapidez dessa decisão", reconheceu antes de saudar a resposta do presidente americano.
"Acho que foi uma decisão extremamente corajosa por parte do presidente Trump", afirmou.
A ministra ressaltou que o dirigente norte-coreano havia "dado sua palavra" sobre seu compromisso pela desnuclearização, condição essencial para que se realize esta inédita cúpula.