Alerta americano

Para EUA, governo de Maduro 'carece de legitimidade' para empréstimos

Washington diz que há "uma ditadura" na Venezuela e vê as próximas eleições de maio, em que Maduro busca a reeleição, como uma manobra do presidente

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Publicado em 19/04/2018 às 19:33
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Washington diz que há "uma ditadura" na Venezuela e vê as próximas eleições de maio, em que Maduro busca a reeleição, como uma manobra do presidente - FOTO: Foto: Federico Parra / AFP
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Os Estados Unidos alertaram nesta quinta-feira (19) que o governo de Nicolás Maduro carece de "legitimidade" para solicitar empréstimos e pediram para outros países continuarem a restringir o acesso da Venezuela a financiamentos. 

"Credores, privados ou públicos, que propiciem um novo financiamento ao regime de Maduro estão emprestando para um governo que não tem legitimidade para pedir emprestado em nome da Venezuela", disse o secretário do Tesouro Steven Mnuchin, depois de uma reunião com funcionários de América, Europa e Japão. 

"São necessárias ações concretas para restringir a capacidade de autoridades corruptas venezuelanas e suas redes de apoio de abusarem do sistema financeiro internacional", acrescentou o secretário dos EUA. 

Washington diz que há "uma ditadura" na Venezuela e vê as próximas eleições de maio, em que Maduro busca a reeleição, como uma manobra do presidente para permanecer no poder, depois de "dizimar" a economia da potência petroleira e provocar o êxodo de milhares de venezuelanos devido à escassez de alimentos e medicamentos.

Após se reunir em Washington com representantes de Argentina, Brasil, Canadá, Colômbia, Espanha, França, Alemanha, Guatemala, Itália, Japão, México, Panamá, Paraguai, Peru e Reino Unido, o secretário do Tesouro americano disse nesta quinta-feira que os participantes respaldariam uma mudança política em Caracas.

"Reconheceram que um governo da Venezuela que tenha o apoio da região e esteja disposto a promulgar políticas econômicas para devolver a prosperidade ao povo venezuelano receberia o apoio da comunidade financeira internacional", apontou Mnuchin.

Os países concordaram em coordenar ações para preparar ferramentas da comunidade internacional para aplicá-las rapidamente se for o caso, acrescentou.

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