MIGRAÇÃO

Venezuela cria polícia migratória para reforçar controle na fronteira

A Venezuela quer reforçar o controle na frontei com a Colômbia, onde milhares migraram nos últimos anos

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Publicado em 05/10/2018 às 15:49
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A Venezuela quer reforçar o controle na frontei com a Colômbia, onde milhares migraram nos últimos anos - FOTO: Foto: Felipe Ribeiro/ JC Imagem
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A Venezuela criou uma polícia migratória para reforçar o controle na fronteira com a Colômbia, para onde milhares de pessoas migraram nos últimos anos devido à crise econômica, anunciou o governo nesta sexta-feira (5).

"A polícia migratória começa a atuar imediatamente", disse a vice-presidente do país, Delcy Rodríguez.

Ela informou que este novo órgão administrativo assumirá os 72 pontos de controle existentes nos portos, aeroportos e áreas de fronteira.

Reforçará "os controles que já existem, como um órgão especializado, para lidar com a realidade na fronteira", acrescentou, aludindo ao território de 2.200 km inter-fronteiriço com a Colômbia.

Rodríguez insistiu que a Venezuela é "vítima de uma campanha de falsidades" pelo país vizinho "para justificar algo que nunca acontecerá: uma intervenção internacional".

A vice-presidente assegurou que, enquanto a Colômbia contabiliza oito milhões de deslocados internamente devido ao seu conflito armado, "a Venezuela é uma campeã na recepção de migrantes".

O governo de Nicolás Maduro diz que na Venezuela vivem cerca de seis milhões de colombianos, mas o serviço migratório da Colômbia afirma que existem cerca de 900.000.

Emigração

Embora a ONU aponte para 1,9 milhão o número de venezuelanos que emigraram desde 2015, na esteira do colapso econômico, Maduro nega que na Venezuela haja uma crise migratória.

Também nega que haja uma emergência humanitária devido à escassez crônica de alimentos e remédios e à hiperinflação que caracteriza o desastre.

Com a nova polícia "avançamos na defesa e preservação da soberania, consolidação da segurança cidadã e controle da imigração para que a verdade seja imposta e não as mentiras imperiais que Washington quer vender ao mundo", disse Rodríguez.

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