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'Não cogito a possibilidade de apoiar Meirelles', diz Armando Monteiro

Senador declarou voto em Lula e diz que ainda não definiu em quem votará caso o petista não concorra neste ano. O nome de Meirelles, contudo, foi vetado

Renata Monteiro
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Renata Monteiro
Publicado em 30/08/2018 às 7:20
Foto: Diego Nigro/ JC Imagem
O ex-senador Armando Monteiro - FOTO: Foto: Diego Nigro/ JC Imagem
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Aliado de primeira hora do senador Fernando Bezerra Coelho, vice-líder do MDB no Senado, o também senador Armando Monteiro (PTB), candidato ao governo do Estado pela coligação Pernambuco Vai Mudar, rechaçou veementemente, na última quarta-feira (29), a possibilidade de dar palanque em Pernambuco à candidatura do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles (MDB) – nome apoiado por Temer – à Presidência da República. Eleitor do ex-presidente Lula (PT), o petebista tem dito que ainda não decidiu a quem dará o seu voto caso o petista seja impedido pela Justiça de concorrer no pleito deste ano.

“Não cogito a possibilidade de apoiar Meirelles porque ele não tem nada com o Nordeste, não dialoga com as necessidades da região. É um homem que tem valor na gestão econômica, mas não é alguém que tenha, a meu ver, perfil que conheça verdadeiramente o Brasil, o Nordeste, então, essa cogitação em torno do nome dele, no meu caso, não existe”, cravou Armando.

ENTREVISTA À RÁDIO JORNAL

Sobre a entrevista em que o presidente Michel Temer (MDB) disse que recebeu o apoio do governador Paulo Câmara (PSB) durante e depois o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), Armando disse que, para ele, essa informação “não é nenhuma novidade”. O parlamentar é o principal oponente de Paulo no pleito deste ano e os dois travam uma discussão sobre quem seria o palanque de Temer no Estado. Os candidatos aparecem tecnicamente empatados na última pesquisa Ibope encomendada pelo JC em parceria com a Rede Globo. No levantamento, o petebista aparece com 21% das intenções de voto e o socialista com 27%.

Ouça a íntegra da entrevista: 

“Isso (a declaração do presidente) para mim não é nenhuma surpresa, nenhuma novidade. Paulo Câmara sempre esteve muito próximo de Temer durante todo o processo de impeachment e logo depois, no início do governo. Ele foi se afastando de Temer na medida em que o horizonte eleitoral foi se aproximando e que o presidente foi ficando impopular”, destacou o senador.

A respeito das repetidas críticas que Paulo tem feito aos ex-ministros de Temer que estão no seu palanque – os deputados federais Bruno Araújo (PSDB), Mendonça Filho (DEM) e Fernando Coelho Filho (DEM) –, o petebista as classificou como “bobagem”. “Isso é uma bobagem. Paulo vivia elogiando os ministros. Fazia muitos elogios a Fernandinho, dizia que ele era um grande quadro da política de Pernambuco. Elogiava Mendonça, Bruno. O povo não é bobo, eles estão fazendo isso por mero cálculo eleitoral. Quando Dilma estava impopular eu fiquei com ela até o fim. Eu não ajudei a constituir o governo Temer, mas ninguém pode tirar de Paulo esse crédito”, disparou.

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