Após o presidente Michel Temer declarar que não negligenciou Pernambuco durante seu governo, o governador Paulo Câmara voltou a afirmar que o Estado foi discriminado, em suas palavras, pela gestão de Temer. Segundo o governador, o presidente "só beneficiou os estados ricos" e "não olhou o Nordeste, não ajudou Pernambuco, não teve compromisso conosco" e frisou que não recebeu "nem um real" para algumas obras.
Quanto as declarações do peemedebista sobre a boa relação que ambos tinham no passado, Paulo também rebateu: "Vamos primeiro separar o que é cordialidade do que é apoio. É bem diferente. O presidente Temer não tem o nosso apoio e nunca teve em nenhum dos momentos do nosso governo. Éramos a favor de novas eleições e nunca aceitamos cargos no governo do Temer".
Por outro lado, em 2016, o governador chegou a liberar quatro secretários, deputados federais licenciados, para voltar à Câmara e participar da votação do processo de impeachment contra a então presidente Dilma Rousseff (PT). Os nomes eram André de Paula (PSD), Danilo Cabral (PSB), Felipe Carreiras (PSB), todos a favor do impeachment, e Sebastião Oliveira (PR), que absteve seu voto.
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Paulo fala em retaliação e falta de repasse
"É muito necessário separar essas questões. O presidente Temer sempre que veio a Pernambuco e se prontificou a ajudar, mas não ajudou. Não tivemos nenhum recurso, nenhum apoio para a reconstrução das casas atingidas pela chuvas, nem nenhum cartão reforma", garantiu Paulo.
O candidato a reeleição pelo PSB citou ainda que o peemedebista não cumpriu promessas como devolver a autonomia de Suape, em retaliação ao voto do partido contra a reforma da Previdência.
"Não foi repassado um real para a obra da Adutora do Agreste. Tivemos que fazer obras com recursos do governo do Estado para suprir essa falta. [...] Estamos com faturas em aberto porque não recebemos", apontou.