O proprietário da Red Seg Gráfica Eireli, Vivaldo Dias da Silva, afirmou nesta quarta-feira (8) que a empresa, investigada por supostas irregularidades durante a campanha da chapa formada por Dilma Rousseff e Michel Temer em 2014, agiu dentro da lei. A informação foi fornecidas pelo advogado de Vivaldo, Cláudio Cardoso.
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Vivaldo foi a primeira de cinco testemunhas convocadas pelo ministro Herman Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a ser ouvida hoje na capital paulista. O depoimento durou 2 horas e 30 minutos.
Cardoso disse que Vivaldo recebeu R$ 6,2 milhões de pagamentos feitos pela coligação da campanha eleitoral.
Depois de Vivaldo, serão ouvidos Thiago Martins da Silva (contratado da VPTB Serviços Gráficos), Elias Silva de Mattos (motorista registrado como sócio da Focal), Jonathan Gomes Bastos (motorista da Focal) e Isaac Gomes da Silva. Todos são ligados às três gráficas que prestaram serviços à campanha presidencial dos então candidatos à Presidência e à Vice-Presidência da República.
Dilma
Mais cedo, o advogado da ex-presidenta Dilma Rousseff, Flávio Caetano, discordou da defesa do presidente Michel Temer, segundo a qual o PMDB (partido de Temer) não tinha conhecimento da contratação de gráficas na campanha de 2014, investigadas no processo que pede a cassação da chapa de ambos. “É uma afirmação completamente errada, porque não existe uma campanha só de Dilma ou só de Temer”, afirmou Caetano.
De acordo com o advogado, o trabalho feito pela perícia e o da Polícia Federal “não consideraram elementos essenciais no trabalho de investigação, principalmente documentos fiscais de conhecimento de transporte, que demonstraram claramente que todo o material produzido pelas três gráficas periciadas foi entregue à campanha Dilma e Temer”.
Já o advogado de Temer, Gustavo Bonini Guedes, reiterou que seu cliente e o PMDB não tiveram responsabilidade na contratação das gráficas.
“O presidente Temer, como vice-presidente, e o PMDB não foram os responsáveis pela contrataççao dessas gráficas. Não têm o domínio do fato, não sabem quem são essas gráficas, não acompanharam, não contrataram, não discutiram, não avalizaram. Não temos como contraditar esses fatos. Na nossa avaliação, é uma situação que deve ser apurada em outra esfera, a criminal”, declarou.