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'Violência se combate com porrada', afirma Bolsonaro em entrevista

Parlamentar afirmou ainda que nem a imprensa, nem o Supremo lhe dirão o que fazer: 'vão catar coquinho'

JC Online
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Publicado em 13/03/2017 às 22:14
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil
Parlamentar afirmou ainda que nem a imprensa, nem o Supremo lhe dirão o que fazer: 'vão catar coquinho' - FOTO: Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil
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O deputado do PSC-RJ e militar de reserva Jair Bolsonaro defendeu o uso da violência para combater o crime e atribuiu seu crescimento nas pesquisas de intenção à Presidência da República em 2018 a esse tipo de posicionamento.

"Você não combate violência com amor, combate com porrada, pô. Se bandido tem pistola, [a gente] tem que ter fuzil", declarou.

Segundo ele, nem a imprensa e nem mesmo o Supremo Tribunal Federal (STF), "lhe dirão o que são limites".

"Não é a imprensa e nem o Supremo que vão falar o que é limite para mim. Vão catar coquinho, não vou arredar em nada, não me arrependo de nada do que falei", declarou em entrevista publicada nesta segunda-feira (13) no jornal Folha de São Paulo. 

Em um levantamento realizado pelo Instituto Datafolha no mês de dezembro, o deputado aparecia com 9% das intenções de voto, atrás de Lula (25%), Marina (15%) e Aécio (11%).

O parlamentar se mostrou confiante em relação à corrida pela presidência.

“Quando vou para qualquer capital de Estado, tem no mínimo mil pessoas me esperando. Tenho bandeiras que um presidente pode levar avante e o povo está gostando”, disse.

Principais pontos da entrevista de Bolsonaro à Folha

Mulheres e gays no governo

"Eu não vou perguntar, não vou ter cota de lésbica (...) Vocês estão desgastando os valores familiares. Daqui a pouco vai virar uma anarquia esse Brasil aí."

Apoio

"Tenho simpatia enorme das Forças Armadas e auxiliares, do público evangélico."

Homofobia e racismo

"Se eu sou deputado e te canto agora, você vai se sentir bem? Não, né? Então, o trabalho nosso não tem nada a ver com opção sexual. Você começa a falar por aí "eu sou lésbica" para ver se uma mulher aí simpatiza contigo..."

"Sou acusado de tudo, só não de corrupto. Viu algum deputado devolver dinheiro que recebeu de empresário para campanha? Só eu."

Coerção

E a métodos de violência para obter informação?

"Tem de ter métodos enérgicos. Eu proponho, o Congresso aprova. Ninguém é candidato para ser ditador."

O que é método enérgico?

"Tratar o elemento com a devida energia."

Bater?

"Qual o limite entre bater e tratar com energia? Não tem limite, pô. O cara senta ali, faz a pergunta, ele responde. Se não responde, bota na solitária. Fica uma semana, duas semanas, três meses, quatro meses… Problema dele."

Com comida?

"Dá comidinha para ele, dá. Dá um negocinho para ele tomar lá, um pãozinho, uma água gelada, um brochante na Coca-Cola, tá tranquilo."

FHC

"Ele [FHC] está para ganhar o título de princesa Isabel da maconha, porque quer liberar as drogas no Brasil".

Armamento

"Foram fazer um escracho na minha casa e ameaçaram entrar. Eu falei: “Se entrarem, não sairão”. Agora o Ministério Público quer saber o que é “não sairão”. É atirar neles. Não, “não sairão” é dar cafezinho, água gelada.Tenho três armas e muito cartucho. Ia embalar e dar balinha para chupar. Entra na minha casa, estupra minha mulher, fode a minha filha, e eu tenho que bater palmas para liberdade de expressão? Por isso que essa porra desse país está nessa merda aí. E por isso que o pessoal gosta de mim. Eu não estou maluco! E vocês, né, de esquerda, jornalista de esquerda está cheio, né? Vocês estão cavando a própria sepultura."

Candidatura

"Quando vou para qualquer capital de Estado, tem no mínimo mil pessoas me esperando. Tenho bandeiras que um presidente pode levar avante e o povo está gostando. Quem sou eu na política perto de Serra, Aécio, Alckmin, Marina, Ciro? Ninguém. Sou um deputado que vocês chamam de baixo clero. Só que não sou uma coisa antes das eleições e outra depois (...) Tenho simpatia enorme das Forças Armadas e auxiliares, do público evangélico."

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