A PEC que prevê eleições diretas em caso de afastamento de presidente e vice foi aprovada na manhã desta quarta-feira (31) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Ainda assim, alguns senadores duvidam que o projeto tenha prosseguimento no Congresso ou valha de fato para antecipar as eleições presidenciais de 2018.
"Sem vender falsa ilusão, eu creio que não haverá tempo para a PEC. Estamos no limite, trabalhamos contra o relógio. Eu acredito que não há tempo de trabalhar essa PEC para que as eleições aconteçam antes do período constitucional, que é de 2018", opinou o senador Alvaro Dias (PV-PR).
Leia Também
- Humberto comemora aprovação na CCJ da PEC para eleições diretas
- Perspectiva é que PIB seja positivo e marque o fim da recessão
- PEC da Vaquejada na pauta da Câmara desta quarta-feira
- Entenda a PEC que muda as regras do foro privilegiado
- Com volta de Vallés, Santa Cruz não vê urgência por peças na direita
Mudança
O senador José Medeiros (PSD-MT) acredita que a PEC é casuística e busca modificar a lei em benefício de alguns políticos. Ele prevê contestações jurídicas no Supremo Tribunal Federal (STF) e dificuldades de tramitação no Congresso.
"Para mim as pessoas correm para aprovar essa PEC numa operação disfarçada de "Volta, Lula". Dá até náusea de ver como algumas pessoas têm dificuldade de respeitar a lei. Quando a lei não lhe beneficia, tenta moldar a lei", afirmou.
O senador relembrou que a PEC precisa ser aprovada em dois turnos, com quórum qualificado (3/5 dos votos) no Senado e na Câmara.