ação do triplex

Em sentença, Moro elogia Lula pelo combate à corrupção em seu governo

O juiz Sérgio Moro diz reconhecer o mérito de Lula no fortalecimento dos mecanismos de controle "abrangendo a prevenção e repressão do crime de corrupção"

Editoria de Política
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Publicado em 12/07/2017 às 16:29
Agência Brasil
O juiz Sérgio Moro diz reconhecer o mérito de Lula no fortalecimento dos mecanismos de controle "abrangendo a prevenção e repressão do crime de corrupção" - FOTO: Agência Brasil
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Na sentença em condena o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a nove anos e seis meses de prisão na ação penal do triplex do Guarujá, o juiz federal Sérgio Moro diz reconhecer o mérito de Lula no combate à corrupção durante o seu governo. 

Em um trecho da sentença, Moro elogia Lula pelo "fortalecimento dos mecanismos de controle, abrangendo a prevenção e repressão, do crime de corrupção", especialmente em investimentos dentro da Polícia Federal durante o seu primeiro mandato como presidente da República, além do fortalecimento da Controladoria Geral da União e da preservação da independência do Ministério Público Federal (MPF). 

"É certo que não se trata de exclusiva iniciativa presidencial, já que o enfrentamento à corrupção é uma demanda decorrente do amadurecimento das democracias, mas o mérito da liderança política não pode ser ignorado", diz o juiz na sentença. 

Segundo Sérgio Moro, tal reforço nos mecanismos de combate à corrupção "não autoriza qualquer conclusão quanto à culpa do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos crimes que constituem objeto da presente ação penal". 

Sentença

O juiz federal Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância, condenou nesta quarta-feira (12) o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a nove anos e seis meses de prisão, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. No entanto, o petista só será preso se condenado em 2ª instância.

Lula teria recebido propinas de R$ 3,7 milhões da OAS através de três contratos com a empreiteira e a Petrobrás, por meio de um triplex no balneário do Guarujá e através do armazenamento de bens do petista, entre 2011 2016, recebidos na época em que era presidente, em troca de "vantagens indevidas".

Leia a sentença na íntegra:

 

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