A oposição aguarda um entendimento com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sobre a data de votação da denúncia contra o presidente Michel Temer no plenário da Casa para definir a sua estratégia na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na tarde desta quinta-feira (13).
De acordo com o líder da Rede na Câmara, Alessandro Molon (RJ), se Maia confirmar que a votação da denúncia ficará para o mês de agosto, após o recesso parlamentar, os deputados da oposição não vão criar empecilhos para a apreciação do texto da CCJ nesta quinta.
O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, já admitiu que a votação pode não ocorrer antes do recesso, como o Palácio do Planalto pretendia inicialmente. "Pode ser agora, pode ser agosto, quem quer receber a denúncia é que tem que colocar o quórum", disse.
Procurado, Maia declarou que, se a posição de Padilha for confirmada, "significa que oposição e base não querem votar" e, neste caso, ele "não tem o que fazer". O presidente da Casa ponderou que ainda precisa confirmar a questão com os líderes partidários.
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Sessão
Os líderes do governo, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e do PMDB, Baleia Rossi (SP), estiveram reunidos com Maia para tentar convencê-lo a abrir a sessão para votação da denúncia no plenário com quórum mínimo de 257 deputados, e não 342 como ele anunciou que pretende fazer. Após a conversa, eles se dirigiram ao Palácio do Planalto para uma segunda reunião.
Como a oposição e deputados da base aliada favoráveis à denúncia pretendem esvaziar uma eventual sessão de votação no plenário nos próximos dias, os governistas avaliam que não atingirão o quórum mínimo exigido por Maia para abrir a sessão e o pleito teria que ser adiado para agosto.