Durante a discussão de requerimento para colocar em votação ou não a proposta de reforma política que versa sobre o "distritão" e o fundo bilionário para os partidos, o deputado João Rodrigues (PSD-SC) aproveitou o tempo de discuso no plenário da Casa e teceu comentários a respeito da agressão sofrida pela professora Marcia Friggi, nessa segunda-feira (21). Apesar de classificar o ato como "injustificável", o parlamentar disse que a professora, ao defender nas redes sociais as pessoas que jogam ovos contra políticos é "óbvio que desperta a revolta também de um estudante".
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"Esta semana, em Santa Catarina, uma professora foi covardemente agredida por um aluno. Eu fiquei extremamente chocado com a atitude daquele adolescente de ter batido de forma covarde; mas, depois quando eu leio as redes sociais daquela educadora, não que justifique as agressões, mas quando eu vejo ela mesmo dizendo que o ato de jogar ovos num deputado pode, o que é uma violência. Questionada, ela dizia que é um direito, uma democracia. Então, uma professora que prega isso em sala de aula, é óbvio que desperta a revolta também de um estudante. Me parece que há muitos equívocos", declarou.
O parlamentar também criticou a proposta de discutir nas escolas os partidos políticos e lamentou o ato da agressão. "Mude sua concepção e respeite os pais dos seus alunos porque eles têm o direito de querer o melhor para os seus filhos. A senhora tem obrigação de ensinar em sala de aula", apontou.
Agressão
Marcia Friggi compartilhou, nessa segunda-feira (21), em um perfil nas redes sociais, fotos de seu rosto ensaguentado e o relato da agressão cometida por uma aluno de 15 anos em uma escola pública de Santa Catarina. Segundo a professora, o estudante não teria gostado de uma advertência feita pela magistrada e a socou no rosto.
Parlamentar
João Rodrigues já foi condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) por crimes de dispensa irregular de licitação e fraude a licitação – fatos ocorridos quando o parlamentar era vice-prefeito da cidade de Pinhalzinho, em Santa Catarina. O deputado também já foi flagrado assistindo à vídeo pornográfico, também durante sessão de votação da reforma política, no ano de 2016.