O lobista João Augusto Rezende Henriques, condenado nos autos da Operação Lava Jato à pena de 6 anos e 8 meses de prisão teve a manutenção da prisão preventiva decretada pela 8ª turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região. A defesa de Henriques havia impetrado um habeas corpus para que o réu respondesse em liberdade, mas o benefício foi negado.
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Henriques está preso desde setembro de 2015. João foi sócio na empresa Trend Empreendimentos. Segundo a Lava Jato, a Trend recebeu pelo menos R$ 20,2 milhões de empresas do cartel que fatiava obras na Petrobras, pagando propinas a agentes públicos, partidos e políticos.
Por unanimidade, a turma entendeu que persiste a necessidade de assegurar a aplicação da lei penal e preservar a ordem pública, devendo ser mantida a medida cautelar.
Pagamento a Cunha
João Augusto Rezende Henriques também havia confirmado à Justiça ter repassado mais de US$ 1 milhão ao ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Segundo ele, o depósito em conta bancária foi feito a pedido de Felipe Diniz, filho do falecido deputado Fernando Diniz (PMDB-MG).
Os repasses, de acordo com o lobista, começaram a ser feitos no mês em que ele ajudou a concretizar um negócio de US$ 34,5 milhões da Petrobras no Benim.