O presidente Michel Temer assinou na tarde desta sexta-feira (16), no Planalto, o Decreto de Intervenção na Segurança Pública do Estado do Rio. Durante o seu discurso, Temer garantiu que somente quando a Reforma da Previdência estiver pronta a intervenção militar no Rio irá acabar.
"Ajustamos ontem à noite, com a participação do presidente Rodrigo Maia, a continuidade da implementação da reforma da previdência, que é uma medida extremamente importante para o futuro do país", continuou o presidente do Brasil.
.@MichelTemer: Quando a reforma da #Previdência estiver pronta para ser votada, vou cessar a intervenção. pic.twitter.com/BpOBgsjnfb
— Planalto (@planalto) 16 de fevereiro de 2018
Dificuldades
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), evitou afirmar que a reforma da Previdência será enterrada com a publicação do decreto da intervenção no Rio, mas admitiu que ficará difícil votar o projeto em março. "De jeito nenhum", afirmou, ao ser questionado se o decreto impediria a votação da reforma.
Ele, no entanto, admitiu que última semana de fevereiro é o limite para votar a reforma porque os deputados já estão pensando nas eleições. "Acho difícil votar a Previdência depois de fevereiro. O sentimento de parte importante dos deputados é de desconforto de começar essa votação em março", disse.
Assinatura do decreto
Em depoimento, ele explicou que a medida foi tomada porque "o crime organizado quase tomou conta do estado do Rio de Janeiro".
Temer garantiu que o governo tomará todas as medidas necessárias para enfrentar o crime organizado e as quadrilhas. Em sua companhia, está o governador do Rio de Janeiro Luiz Fernando Pezão e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.
O governador acredita que sem a intervenção seria impossível conter o que define como "momento extremo".