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Vazamentos representam assassinato político de Temer, diz Jungmann

Em discurso durante cerimônia no Palácio do Planalto, Jungmann afirmou que Temer era vítima de injustiças

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Publicado em 11/06/2018 às 18:51
Foto: Antônio Cruz/ Agência Brasil
Em discurso durante cerimônia no Palácio do Planalto, Jungmann afirmou que Temer era vítima de injustiças - FOTO: Foto: Antônio Cruz/ Agência Brasil
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Titular do Ministério da Segurança Pública, ao qual a Polícia Federal está vinculada, o ministro Raul Jungmann afirmou nesta segunda-feira (11), que vazamentos de dados sobre o inquérito que investiga o presidente Michel Temer representam um assassinato moral e político do emedebista. Mais cedo, em discurso durante cerimônia no Palácio do Planalto, ele afirmou que Temer era vítima de injustiças.

"O presidente tem tido um comportamento impecável e respeitoso a todas as regras a que se vê submetido nos processos que enfrenta A injustiça vem dos vazamentos diários, e não tem contraparte em termo de detalhes. Vazamentos representam um assassinato civil e político do presidente. Representa uma injustiça e um assassinato moral, civil do presidente e de que qualquer um de nós", disse o ministro.

Jungmann ponderou que não se refere à PF, mas a todas as instituições que devem manter os dados sobre sigilo. Ele disse que não só Temer, mas também outros políticos são alvos de "campanha diária" por meio do vazamento de dados sigilosos de investigações. "Não estou fazendo qualquer reparo ao devido processo legal", afirmou. "É algo que agride a consciência de Justiça. Se, ao final, alguém é absolvido, quem vai ressarcir por tudo o que foi passado? Se for culpado, o processo já é a pena."

O ministro disse não acompanhar passo a passo apurações que ele mesmo determinou à PF por causa de dados do inquérito dos portos, que tem Temer como um dos alvos, os quais vieram a conhecimento público por meio de reportagens.

Sobre a impopularidade de Temer, que chegou a 82% conforme a última pesquisa Datafolha, Jungmann afirmou que a popularidade "vem e vai" e que o governo do emedebista "enfrentou muita dificuldade" e "tomou medidas que contrariaram o interesse de corporações".

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