PSB 10 anos

Expectativa sobre as promessas eleitorais na educação

Entre avanços, a gestão do PSB é cobrada por propostas ainda não concretizadas

Mariana Araújo
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Mariana Araújo
Publicado em 18/01/2017 às 7:34
Foto: Ricardo B. Labastier/JC Imagem
Entre avanços, a gestão do PSB é cobrada por propostas ainda não concretizadas - FOTO: Foto: Ricardo B. Labastier/JC Imagem
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O calo do governo do Estado na área de educação está em conseguir cumprir as promessas que foram feitas, principalmente pelo governador Paulo Câmara. Um dos motes da campanha de 2014, a promessa de dobrar o salário dos professores não foi atingida e ainda está longe de virar realidade. Acompanhar o piso nacional dos professores, meta alcançada na gestão de Eduardo Campos, não está sendo mantida, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe).

"O governo de Paulo Câmara, desde que tomou posse, não vem cumprindo à risca o que determina a legislação do piso. No nosso entendimento, isso é um ponto de partida para a valorização profissional dos professores, conjugado ao Plano de Cargos e Carreira. Esse governo desmontou o nosso PCC", reclama o presidente do Sintepe, Fernando Melo. Segundo ele, o reajuste concedido pelo governo aos professores que têm apenas nível médio criou uma distorção com relação aos que possuem licenciatura.

No ano passado, os professores tiveram um reajuste salarial de 11,36%. A negociação feita com o governo determinou que fosse pago o percentual em parcelas, com uma parte em outubro e outra em janeiro deste ano. Ou seja, os professores estão com o piso defasado há um ano. Quando o grupo receber o salário de janeiro, já estará em vigor o piso de 2017, anunciado semana passada pelo Ministério da Educação, no valor de R$ 2.298,00, com reajuste de 7,64% em relação ao valor pago em 2016.

"Na prática, os mecanismos legais existem, mas não são cumpridos na busca de correção da defasagem salarial, que é histórica na nossa categoria", enfatiza Melo.

Outro ponto questionado pelo Sintepe é o grande número de professores com contrato temporário. Há hoje na rede estadual 37 mil professores no total, sendo 16 mil temporários. "Quando há contratações temporárias, complica o processo de formação do quadro. Uma coisa é o quadro permanente, concursado, outra é o contrato que não gera vínculo definitivo com o Estado", diz Melo.

RESPOSTA

Em nota, a Secretaria de Educação afirma que o piso vem sendo cumprido desde 2008. "Reajuste salarial não tem relação com a lei do Piso Nacional, não está estabelecido por ela e é uma reivindicação justa e importante das categorias que representam os profissionais do magistério. (...) A discussão que se dá é sobre reajuste salarial. Diante do atual contexto econômico, foi a única categoria que recebeu reajuste salarial nos dois últimos anos", diz a nota.

A secretaria informa, ainda, que realizou um concurso público para 3 mil professores ano passado e que foi homologado no dia 30 de dezembro. As demandas ainda estão sendo estruturadas para iniciar as convocações.

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