Após terem seus nomes incluídos na "Lista de Fachin" e de aparecem em delações de executivos da Odebrecht, políticos pernambucanos usaram o Facebook para apresentarem suas justificativas e repudiarem as informações. Pelo menos três recorrem à rede social: o senador Humberto Costa (PT), o ministro das Cidades Bruno Araújo (PSDB) e o deputado federal Betinho Gomes (PSDB).
Humberto Costa publicou um texto afirmando que seu objetivo é "deixar bem transparente a minha posição". Na lista, o senador petista é citado em um inquérito, que investiga o pedido de propina de 3% de contratos da Petrobras, e uma petição, que investiga o repasse de R$ 1 milhão para o senador dos contratos PTA-POY-PET firmados entre a Petroquisa e o Grupo Odebrecht.
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"Sobre um dos fatos, quero esclarecer que ele nada tem de novo. É uma denúncia vazia, cujo réu mudou de versão SEIS VEZES sobre o que delatou, e para a qual a Polícia Federal já pediu arquivamento por falta de provas. Sobre o outro, é de uma total insubsistência. O 'delator' diz que não me conhece, que nunca me viu e jamais tratou comigo. Mas que um ex-diretor da Petrobras, também condenado, talvez tivesse falado em meu nome", disse, no texto.
"Jamais fui condenado por nada que desabonasse minha vida pública. Dessa forma, reitero minha retidão, disponibilizei meus sigilos, minha vida, que há dois anos é revirada sem que nada se encontre contra mim, e sigo me colocando à disposição de todas as instâncias legais para quaisquer esclarecimentos", acrescentou.
TUCANOS
O ministro Bruno Araújo postou um dos vídeos dos delatores para mostrar que não cometeu atos irregulares. "Os depoentes afirmam não haver qualquer tipo de pedido ou contrapartida. Sempre mantive uma relação institucional com empresas, buscando as melhores soluções para o país. Compartilho com vocês esses vídeos para que possam conhecer o que de fato foi dito de mais relevante pelos depoentes", afirmou o ministro. O tucano teria recebido R$ 600 mil da empreiteira, sendo delatores.
Já Betinho Gomes afirmou que recebeu apenas doações legais e classificou de "leviano e absurdo" a informação de que ele possa ter agido em prol da Odebrecht para que a empresa obtivesse vantagens no projeto da Reserva do Paiva. "Nada mais leviano e absurdo. Como eu poderia favorecer esta empresa, neste projeto, se quem poderia aprovar tais benefícios fiscais referidos seria a Prefeitura municipal do Cabo Santo Agostinho via projeto de lei votado na Câmara? Nada mais absurdo! Não era prefeito e nem vereador para ter esse poder", afirmou.