Com informações de Luisa Farias, repórter do JC.
Durante uma reunião com deputados federais e estaduais na sede do Palácio do Campo das Princesas, na manhã desta sexta-feira (2), o governador Paulo Câmara (PSB) anunciou que o governo do Estado precisará de R$ 600 milhões para concluir um cinturão de barragens de contenção no interior do Estado. A lista apresentada aos parlamentares inclui três represas além das quatro que não ficaram prontas das cinco prometidas após as enchentes de 2010: Engenho Pereira (Moreno), Engenho Maranhão (Ipojuca) e São Bento do Una, na cidade homônima.
"Temos condições de licitar já duas barragens, a de Gatos e a de Panelas. Todo remanescente de obras foram prontos, elas já foram enquadradas desde 2015 no PAC Seca diante da priorização e da importância de estar enquadrado num sistema como o Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC. As outras duas ensejam a realização de um remanescente em obras que a gente já está em campo fazendo. Mas as estimativas iniciais desse conjunto de barragens, e aí já inclui duas outras barragens; uma em São Bento do Una que já está com um empenho pronto lá no ministério da Integração, ela vai ensejar recursos da ordem de R$ 600 milhões", afirmou o governador.
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Paulo pediu ajuda aos parlamentares para conseguir a liberação de recursos para concluir as obras, apontadas como "prioridade número 1" da gestão. Parte de um empréstimo de R$ 600 milhões com o BNDES ou com a Caixa Econômica Federal será usado nas barragens. Também serão aplicados recursos próprios e da União. O governador prometeu sentar com os deputados para analisar a possibilidade de dinheiro através de emendas parlamentares.
OPOSIÇÃO
Para o encontro, o governador convidou também representantes da oposição. O senador Armando Monteiro Neto (PTB) ocupou lugar na mesa, próximo ao de Paulo. Houve pelo menos uma saia justa, quando o deputado Silvio Costa (PTdoB) acusou a gestão Paulo Câmara de ter uma "seca de gestão". O filho dele, o deputado estadual Silvio Costa Filho (PRB), líder da oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) cobrou o fato de as ações serem as mesmas anunciadas em 2010.