Crise no Judiciário

Impeachment de Gilmar Mendes agradaria servidores

Ministro do STF e presidente do TSE tem recebido críticas pela postura política e sido acusado de "desmontar" a Justiça Eleitoral

Editoria de Política
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Publicado em 15/06/2017 às 19:13
Marcelo Camargo /ABr
Ministro do STF e presidente do TSE tem recebido críticas pela postura política e sido acusado de "desmontar" a Justiça Eleitoral - FOTO: Marcelo Camargo /ABr
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O pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, protocolado no Senado por um grupo de juristas, ressoa positivamente entre servidores do Judiciário. Em Pernambuco, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal (Sintrajuf-PE), Euler Pimentel, alega que as últimas posições do atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) atentam contra o papel que ele deveria cumprir ao pertencer às altas cortes da Justiça brasileira. Gilmar Mendes estará no Recife na manhã desta segunda (19/6), palestrando para um grupo de empresários. 

“É a minha opinião particular, não consultei a categoria”, afirma Pimentel. O voto contrário à cassação da chapa Dilma-Temer no julgamento do TSE na última sexta-feira (9/6) é, na opinião do sindicalista, “uma flagrante violação dos preceitos legais, contrariando as provas dos autos do processo, como disse o relator no TSE, ‘enterrando provas vivas’ e votando explicitamente por parâmetros políticos, legalizando a corrupção”.

Para Euler Pimentel, ao “corroborar com as violações das leis eleitorais e mostrar-se conivente com a corrupção no Brasil”, Gilmar Mendes teve uma atitude que atenta contra o papel a ser cumprido por um presidente de um tribunal como o TSE e de um membro da mais alta corte da Justiça, que é o STF”.
O presidente do Sintrajuf-PE também critica a postura de Gilmar Mendes quando impôs o rezoneamento, considerado pelos trabalhadores da área, associações de juízes e do Ministério Público, um desmonte a Justiça Eleitoral. “No exercício de presidente do TSE, ele agiu não para salvaguardar os princípios constitucionais, protegendo o serviço público, aumentando sua eficiência, mas sucateando e precarizando o atendimento à população, fragilizando a fiscalização das eleições e abrindo as portas para a terceirização da Justiça Eleitoral, aumentando ainda mais a influência do poder econômico e do coronelismo no período eleitoral”.

Trabalhadores farão greve geral dia 30 de junho


Para Euler Pimentel, “por tudo que estamos vendo e vivendo no nosso País, não basta só tirar Temer (o presidente da República)”. Ele diz que é necessário tirar todos os corruptos e todos que, devendo combater a corrupção, decidem a seu favor. Lembra que para derrotar as reformas da Previdência e trabalhista, bem como a terceirização irrestrita, “patrocinada pelos que são eleitos com o fruto da corrupção” uma nova greve geral será realizada diz 30 de junho.

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