Exatos sete anos após as enchentes de 2010 na Mata Sul, o deputado estadual Aluísio Lessa (PSB) foi a tribuna da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) nesta segunda-feira (19) para fazer um balanço do que foi feito desde então e responsabilizar o governo federal pela não conclusão de quatro das cinco barragens prometidas naquele ano. O descumprimento da promessa mostrou-se crítico após as enchentes deste ano na mesma região. Apenas Serro Azul ficou pronta.
"Todas as vezes que vamos a esses municípios nós somos cobrados. Nós somos, na verdade, criticados. Todos os deputados são criticados. Porque ninguém acredita mais que essas barragens saiam do papel. Porque as notícias de Brasília não são positivas e animadores", alertou Aluísio.
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Para o parlamentar do PSB, Pernambuco sofreu uma retaliação política por causa do projeto nacional do ex-governador Eduardo Campos. Ele também se queixa que nem a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), nem o atual Michel Temer (PMDB) assumiram o compromisso de dar continuidade às obras das barragens.
TEMER PRESIDENTE?
"Não adianta a gente ficar aqui apenas sendo porta-voz de cidades e municípios sem, na verdade, ter lá de Brasílias garantias do presidente da República. Que ninguém sabe se amanhã vai estar na presidência. Ou depois de amanhã, ou na semana que vem. A situação de permanência dele está cada dia pior. Mas o Brasil não pode ficar dependento dessa situação", disse Aluísio.
Dos três deputados estaduais do PMDB, Ricardo Costa e Tony Gel estavam no plenário quando o socialista fez críticas a Temer, mas não saíram em defesa do presidente.