No centro da disputa política entre o governo de Pernambuco e o ministro da Saúde, Ricardo Barros, a Hemobrás ainda tem rumo incerto. O governador Paulo Câmara (PSB) afirmou que não há novidade sobre o caso. "A gente está antenado com isso. Espero que tenha logo uma definição, mas ainda não tenho para esta semana nenhuma resolução sobre isso. A bancada deve ter essa semana novo encontro com o ministro, mas não tenho nenhuma definição sobre isso. E se for necessário a gente mais uma vez fará as interferências necessárias", afirmou Câmara, após agenda no Palácio para anúncio do voo Recife-Bogotá.
A bancada federal vai criar frente em defesa da Hemobrás no próximo dia 15. A iniciativa é do deputado federal João Fernando Coutinho (PSB).
>> Parlamentares pernambucanos lançam frente em ‘defesa’ da Hemobrás
ENTENDA A POLÊMICA
Vítima de planejamento falho, alvo de denúncias de corrupção e objeto de investimentos mal realizados durante os governos Luiz
Inácio da Silva e Dilma Rousse (PT), a Empresa Brasileira de Hemoderivados (Hemobrás), localizada em Goiana, voltou ao debate político e econômico.
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Prevalecendo-se dos erros no projeto da estatal, o atual ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP), revelou o interesse de levar a parte mais rentável da empresa para seu reduto político, Maringá (PR). Lideranças de Pernambuco se mobilizaram contra a ideia.
No meio desta polêmica, é importante frisar que a Hemobrás, concluída e bem comandada, é de fundamental importância para Pernambuco. A estatal tem o desao de gerenciar a rede brasileira de plasma, componente do sangue a partir do qual são produzidos hemoderivados e outros medicamentos importantes para o tratamento de doenças como hemofilia e Aids.
A Hemobrás pode se tornar a âncora para desenvolver o setor no Estado. Daqui, seriam exportados vários medicamentos.