CRÍTICAS

Novela com mulher querendo virar homem é afronta à família, diz vereadora do Recife

A vereadora Irmã Aimée, do PSB, também cobra respostas da gestão Geraldo Julio por oficina sobre feminismo, sexualidade e combate a violência no Compaz

JC Online
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Publicado em 12/10/2017 às 12:09
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A vereadora Irmã Aimée, do PSB, também cobra respostas da gestão Geraldo Julio por oficina sobre feminismo, sexualidade e combate a violência no Compaz - FOTO: Foto: Divulgação
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A vereadora Irmã Aimée Carvalho (PSB) afirmou, nesta quinta (12), haver uma campanha em curso de alguns quadros políticos que tentam, segundo ela, desvalorizar a família, banir os valores cristãos e sexualizar as crianças. "Prova disto são as desculpas cada vez mais esfarrapadas. Agora, a pretexto de arte, promovem até a pedofilia", afirmou a vereadora em referência à apresentação no MAM, o Museu de Arte Moderna, em São Paulo, em que uma criança interage com um homem nu.

A exposição foi acusada de incentivar a pedofilia e alvo de ataques de políticos e do Movimento Brasil Livre (MBL). Durante a apresentação, o artista Wagner Schwartz sem roupas ficava deitado no centro de um tablado, interagindo com os espectadores, incluindo uma criança que aparenta ter entre 4 e 6 anos de idade. A menina toca na ponta dos dedos da mão e na canela de Schwartz e depois sai para assistir ao resto da apresentação.

A vereadora, que é evangélica, ressaltou que programas de TV querem 'doutrinar as famílias'. "Na TV tem novela com mulher querendo virar homem e jornalístico ensinando que menino deve brincar de boneca. É uma afronta as famílias, que devem abandonar e boicotar a programação de uma rede de TV que parece estar comprometida com a desvalorização dos valores morais", afirmou a parlamentar em relação ao personagem Ivan, um homem trans, na novela 'A Força do Querer', da Rede Globo.

VEREADORA COBRA SECRETARIA DA MULHER POR PROJETO COM MENINAS

Irmã Aimée declarou em nota enviada à imprensa que vai pedir à Secretaria da Mulher do Recife explicações sobre a programação promovida no Compaz do Alto de Santa Terezinha, as oficinas do programa "Hoje Menina, Amanhã Mulher". De acordo com a Prefeitura do Recife, o projeto tem como objetivo transformar as participantes em líderes de suas comunidades e multiplicadoras do feminismo.

Para isto, são debatidos temas como raça, identidade de gênero, combate à violência doméstica, sexualidade e direitos reprodutivos. O evento é uma iniciativa da Secretaria da Mulher do Recife em parceria com o Unicef e o Centro das Mulheres do Cabo. "Precisamos saber o que está sendo abordado nestas programações. Não quero imaginar que estão ensinando a meninas de 14 anos que elas têm, por exemplo, o direito de decidir se mantém ou não uma gravidez indesejada", afirma a vereadora.

A vereadora também é responsável por projetos como a cassação do alvará de funcionamento dos estabelecimentos comerciais que utilize mão de obra infantil e ainda o 264/2017, que proíbe a comercialização dos cachimbos do tipo narguilé para os menores de 18 anos. Os dois projetos devem entrar em pauta para votação ainda este ano.

Itaú

Na versão da matéria sobre as declarações da vereadora Irmã Aimée veiculada na edição impressa no Jornal do Commercio nesta sexta-feira (13), foi informado erroneamente que o Banco Itaú Unibanco financiava a exposição "Queermuseu". Na verdade, o banco é uma das empresas mantenedoras do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), e não tem poder sobre a escolha das exposições que lá ocorrem. 

Segue íntegra da nota do Itaú: 

"O Itaú Unibanco apoia há mais de 20 anos o Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), sendo uma das várias empresas mantenedoras. Esta é mais uma das iniciativas da instituição para democratizar o acesso à cultura por meio da valorização de importantes equipamentos públicos do País, que possuem total autonomia na escolha de suas atividades e conteúdo. A Mostra Panorama da Arte Brasileira não é patrocinada pelo Itaú". 

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