A bancada de oposição da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) divulgou uma nota nesta quinta-feira (9) à tarde a respeito da Operação Torrentes deflagrada pela Polícia Federal para desarticular esquema criminoso envolvendo servidores da Casa Militar do do Estado de Pernambuco.
A nota cita as operações em que os membros do PSB de Pernambuco são investigados, como a Fair Play, que investiga irregularidades na construção da Arena Pernambuco e a Turbulência, que denunciou denunciou esquema de lavagem de dinheiro para financiar a campanha do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), à presidência da República. A oposição critica a postura do governador Paulo Câmara em relação às operações e a delação premiada do executivo da JBS, Ricardo Saud, onde o governador, o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), Eduardo Campos e o senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB), então no PSB são acusados de terem participado de esquema de pagamento de propina na campanha de 2014. "O governador e os demais dirigentes do PSB adotaram o silêncio como resposta", diz nota.
Os oposicionistas remetem ainda à nota oficial enviada pelo governo estadual, que classificou a ação da Polícia Federal como "espetacularização negativa das atividades de controle da atuação pública" e disse ser desproporcional a operação realizada no Gabinete do chefe da Casa Militar, no Palácio do Campo das Princesas.
"Em nenhum momento, se pronuncia sobre os indícios de desvio de parte dos R$ 450 milhões repassados pelo Governo Federal para o socorro às vítimas das enchentes", diz comunicado da oposição. Por fim, a bancada que pede à Paulo uma "resposta convincente" aos pernambucanos sobre as investigações.
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Leia a íntegra da nota da bancada de oposição
"Hoje, mais uma vez, os pernambucanos tomaram conhecimento de uma operação da Polícia Federal envolvendo diretamente agentes do Governo do Estado e pessoas ligadas ao Partido Socialista Brasileiro (PSB).
A Operação Torrentes é a 6ª realizada em nosso Estado para investigar o desvio de recursos públicos nas gestões do PSB. Nas operações anteriores – Fair Play, Turbulência, Vórtex, Politeia e Catilinária – o governador e os demais dirigentes do PSB adotaram o silêncio como resposta.
Nas delações premiadas dos executivos da Odebrecht e JBS usaram a mesma tática. Ou seja, nunca conseguiram dar uma explicação convincente ao povo de Pernambuco.
Agora, novamente a gestão Paulo Câmara divulga nota evasiva, apresentando dados já divulgados e classificando a ação como “desproporcional e espetacularização negativa das ações de controle público”. Mas, em nenhum momento, se pronuncia sobre os indícios de desvio de parte dos R$ 450 milhões repassados pelo Governo Federal para o socorro às vítimas das enchentes.
A Bancada de Oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco, cumprindo o seu papel constitucional de fiscalizar, exige do governador Paulo Câmara uma resposta convincente a todos os pernambucanos.
Até quando o governador e os demais dirigentes do PSB vão continuar subestimando a inteligência do povo de Pernambuco?"